(Maurício Vieira)
Solstício, equinócio, fases da lua. Esses são alguns dos temas que devem cair nas provas da 22º Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Os testes serão aplicados nesta sexta-feira (17) para estudantes de ensino fundamental e médio. No ano passado, mais de 500 mineiros tiraram notas consideradas altas – entre 7 e 9 – e quase 4 mil foram medalhistas, isto é, tiveram desempenhos satisfatórios.
Com o intuito de preparar para a edição deste ano, nessa quarta-feira (15), mais de 40 alunos da Escola Estadual Celso Machado, uma das 23 em BH que vão aplicar a prova, tiveram uma manhã cheia. Das 8h às 11h, os estudantes fizeram atividades e experiências em química e física e puderam soltar alguns foguetes com garrafas pet. Professor de física responsável pela atividade, Norberto Kawakami diz que os alunos ficaram motivados.
"Muitos dos que se destacaram são alunos que, geralmente, ficam agitados dentro de sala de aula. Uma atividade dessa forma mostra que devemos pensar ações diferentes para envolvê-los", considera. De acordo com o docente, durante o período, os estudantes aprenderam, sobretudo, a reação química que ocorre dentro do foguete para que haja o lançamento.
Preparação
No Colégio Nossa Senhora das Dores, a preparação também ocorre há algum tempo. Fernanda de Oliveira Souza, professora de física, diz que o conteúdo abordado na olímpiada é obrigatório, conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). "Foi uma reformulação significativa, que nos orienta a ensinar astronomia, por exemplo, no nono ano", diz.
Segundo ela, nesta idade os alunos já estão aptos a entender as fases da lua e outros fenômenos, como o solstício e o equinócio. "Com certeza, os alunos estão preparados. Existem aqueles que ficam mais ansiosos, mas outros já fizeram outras vezes e ficam mais tranquilos", pondera.
Reconhecimento
Em sua 22ª edição, a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica é coordenada por uma comissão formada por membros da Sociedade Astronômica Brasileira e da Agência Espacial Brasileira. Até hoje, cerca de 10 milhões de estudantes já participaram da competição.
A expectativa é alta, uma vez que os estudantes mais bem classificados podem representar o Brasil nas olimpíadas Internacional de Astronomia e Astrofísica e Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica de 2020.