Estado alega critério técnico na distribuição de vacinas contra Covid à Prefeitura de BH

Luiz Augusto Barros
@luizaugbarros
22/06/2021 às 14:03.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:14
 (Freepik/Divulgação)

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Em meio às discussões entre o governo de Minas e a Prefeitura de Belo Horizonte sobre uma possível desproporcionalidade na distribuição das vacinas contra a Covid-19, o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, explicou, nesta terça-feira (22), tratar-se de um critério técnico.

De acordo com o chefe da pasta estadual, a capital mineira já havia recebido todas as doses destinadas à população com comorbidades no 22º lote, entregue pelo Ministério da Saúde no início do mês.

“Como já tinha recebido toda sua parte de doses, não tinha porque receber mais para o grupo específico. Então, não é um critério que não seja técnico na distribuição”, explicou o gestor.

Na entrega seguinte, menos de uma semana depois, BH já não foi contemplada com as vacinas para esse público-alvo. Recebeu apenas as unidades destinadas aos profissionais da educação e das forças de segurança. 

“Já tinha atingido 100% desse grupo, então não participou do rateio dessa proporção, tanto na 23ª quanto na 24ª. Na 25ª, a parte vinculada às gestantes, porque chegou CoronaVac e Pfizer, Belo Horizonte participou dessa proporção, porque ainda não venceu o grupo de gestantes”, completou.

Segundo Baccheretti, não há distribuição de doses no Estado de forma aleatória. São utilizados parâmetros técnicos, carimbados pelo Ministério da Saúde. “O que se chega de proporção de doses a Minas é o que deveria chegar. Belo Horizonte recebeu, proporcionalmente, doses pela população muito semelhantes, ou até maior, do que outras capitais”.

Além disso, ele afirmou ter conversado com secretários de vários municípios, entre eles Belo Horizonte, Betim e Contagem, e todos entenderam os critérios de distribuição. “Que a gente não traga para a vacina, que é a única saída para a pandemia, uma briga que não seja pelo bem comum, que é vacinar todos os mineiros”, finalizou.

Em nota, a PBH disse que, no momento em que o critério utilizado se limitava à população residente, o quantitativo de doses recebido pelo município era em média de 14%.

"As duas últimas remessas enviadas também deveriam ter sido por critérios populacionais, conforme orientações do Plano Nacional de Imunização, por estarem sendo vacinados, nesta etapa, somente os residentes da capital. Ainda assim o quantitativo entregue foi de apenas 3,3% e 9,65% respectivamente".

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