Estado intervém em presídio de Uberaba para conter crime organizado

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
18/09/2017 às 14:20.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:37
 (Francisco Ivanildo/Divulgação)

(Francisco Ivanildo/Divulgação)

Agentes penitenciários e homens do Comando de Operações Especiais (Cope) fizeram uma intervenção na manhã desta segunda-feira (18) no presídio Professor Aluízio Ignácio de Oliveira, em Uberaba, no Triângulo Mineiro, para coibir a ação do crime organizado dentro da cadeia.

Segundo o diretor executivo do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de Minas Gerais (Sindasp), Daniel dos Santos, foram feitas revistas em todas as celas em busca de celulares, drogas e armas brancas para o “restabelecimento da ordem e disciplina no local”. “Estão acontecendo muitas ameaças e ataues contra agentes penitenciários nesse presídio. As ordens para execução de crimes estão vindo de dentro para fora do presídio e é preciso ter uma intervenção como essa para evitar ações dos criminosos”, afirma.

Ele afirma ainda que há uma estrutura criminosa bem organizada dentro do presídio, responsável por represálias não somente a agentes penitenciarios, mas também a outros profissionais de segurança pública da região, como policiais civis e militares. Ele confirma que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) está presente nesse sistema prisional, mas não é a única. “O PCC tem uma ação forte lá, mas não o suficiente para comandarem o presídio”, explica.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) afirma que ações de revista são rotineiras em todas as 210 unidades prisionais administradas pela secretaria e o que ocorre nesta segunda-feira, na penitenciária de Uberaba é mais uma dessas ações. Ainda de acordo com a Seap, o Comando de Operações Especiais do Sistema Prisional prestou apoio na revista.

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