Apesar de já ter recebido, desde o início da pandemia, quase 1,5 milhão de testes para a Covid-19, conforme dados do Painel de Leitos e Insumos do Ministério da Saúde, sendo 500 mil deles a caminho para chegar ainda nesta semana, o Estado informou, nesta quinta-feira (9), que não está pronto para fazer uma testagem em massa da população.
De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, a aplicação da testagem é possível quando os kits estão completos, com swabs (equivalentes a cotonetes), reagentes, tubos de produção e placas em quantidade adequada - o que nem sempre ocorre.Divulgação/ SES-MG
Estoque de insumos para testagem é 'gargalo' do Estado
Um exemplo da dificuldade está no estoque de insumos, conforme divulgado pelo próprio Estado. Enquanto há mais de 101 mil unidades de reagentes para amplificação, a quantidade de tubos para produção de novos kits está zerada.
"Quando nós tivermos todos esses kits, com todos esses insumos prontos, a ideia da SES-MG é, sim, fazer uma testagem mais ampliada, mas não é a realidade desse momento", declarou Amaral. O gestor não explicou como o problema pode ser solucionado.
Testagem baixa
Atualmente, Minas testa apenas 8,5% da capacidade instalada, conforme a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). Os laboratórios do Estado em operação estão aptos para realizar, segundo o governo, 3.040 testes por dia, mas somente 344 têm sido feitos a cada 24 horas.
Até o momento, Minas já realizou 47.246 testes RT-PCR na rede pública, com índice de positividade de 20,66%. Já os testes rápidos, segundo o Estado, não são discriminados entre rede pública e privada. Ao todo, já foram feitos, nas duas redes, 239.306 testes rápidos, com índice de positividade de 16,32%.
Teste rápido x RT-PCR
O teste RT-PCR é considerado mais indicado para a detecção da Covid-19. Nesse método, busca-se a identificação do material genético do coronavírus a partir da coleta de amostra de secreção nasal e da garganta do paciente. O exame fica pronto em até 24 horas.
Já o teste rápido (sorológico) é feito com o sangue da possível vítima e tem diagnóstico em até 30 minutos.
Confira aqui um vídeo explicativo do Hoje em Dia sobre as diferenças entre os testes.