Estado recua na flexibilização e pede o fechamento de comércios em cidades mais atingidas

Anderson Rocha
arocha@hojeemdia.com.br
25/06/2020 às 15:13.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:52
 (Reprodução/ Facebook)

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Como forma de conter o avanço da pandemia em Minas, o Comitê Extraordinário Covid-19 decidiu, nesta quinta-feira (25), pelo fechamento do comércio em diversos setores no Estado. A medida, válida para municípios que aderiram ao Minas Consciente, programa do governo para a flexibilização controlada, acontece após a suspensão da onda amarela em todo território mineiro e o retrocesso da macrorregião de saúde Centro-Sul à onda verde. As ondas são níveis que especificam quais setores podem funcionar em um determinado local.

De acordo com o Estado, a deliberação foi publicada nesta quinta-feira e passa a ter validade neste sábado (27). Com a alteração, em 11 dos 14 grupos de cidades do Minas Consciente poderão funcionar apenas serviços essenciais, como padarias, farmácias e supermercados.

"A medida de regressão das ondas busca, justamente, preservar a saúde da população. À medida que os dados epidemiológicos forem piorando, é natural que as ondas também tenham que ter um movimento de avanço e de regresso. Por mais que estejamos empenhados em preservar a economia, é também uma mensagem de preservação de vidas", declarou, em coletiva nesta quinta-feira (25), o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio. Segundo o governo, as mudanças de ondas são avaliadas semanalmente pelo Comitê Extraordinário Covid-19. Divulgação/ Governo de Minas

Onda amarela passa a estar suspensa a partir de sábado (27)

Na macrorregião Centro-Sul, onde 36 cidades, como Barbacena e Ouro Branco, aderiram ao plano, o nível retrocedeu da onda branca (onde estabelecimentos de baixo risco podem abrir) para a onda verde, de serviços essenciais. Dessa forma, autoescolas, lojas de artigos esportivos, de móveis e floriculturas precisarão fechar as portas no sábado (27). 

Com a suspensão da onda amarela, 10 municípios da macrorregião de saúde Leste do Sul, como Ponte Nova e Manhuaçu, passarão, a partir de sábado, a permitir apenas o funcionamento de estabelecimentos da onda branca. Na prática, salões de beleza, papelarias e lojas de calçados, dentre outros, pertencentes à onda amarela, terão que fechar. Já centros de autoescolas, lojas de artigos esportivos e floriculturas continuarão funcionando, já que se encaixam na onda branca.

Balanço do programa

Conforme o Estado - que é um dos participantes do Comitê Extraordinário, juntamente com representantes do Ministério Público do Trabalho, do Ministério Público de Minas Gerais, da Defensoria Pública e do Tribunal de Contas do Estado - Minas tem, nesta quinta, 157 municípios aderidos ao Minas Consciente, o que compreende cerca de 3,7 milhões de pessoas. 

Entre as 14 macrorregiões de saúde com maior número de cidades participantes do programa, estão a Sudeste, com 47 municípios, incluindo Juiz de Fora e Além Paraíba; Centro-Sul, com 36 cidades, como Barbacena e Carandaí; Centro, com 20 municípios, incluindo Curvelo e Itabirito; e Noroeste, onde 14 cidades, como Patos de Minas e Lagoa Formosa, aderiram ao plano.

No sábado (27), a divisão de municípios mineiros por ondas estará da seguinte forma, segundo o Estado: 

- onda verde: Centro-Sul, Centro, Jequitinhonha, Leste, Nordeste, Noroeste, Oeste, Sudeste, Triângulo Norte, Triângulo Sul e Vale do Aço;
- onda branca: Leste do Sul, Norte e Sul.

Minas Consciente

Conforme o governo de Minas, o Minas Consciente setoriza as atividades econômicas em quatro "ondas" (onda verde – serviços essenciais; onda branca – primeira fase; onda amarela – segunda fase; onda vermelha – terceira fase), a serem liberadas para funcionamento de forma progressiva, conforme indicadores de capacidade assistencial e de propagação da doença. 

Ainda conforme o Estado, alguns setores só poderão ser retomados após o controle da pandemia e, portanto, não estão previstos nas ondas do Minas Consciente, já que necessitam de um tratamento diferenciado. São eles: 

- Atividades que geram um risco extremamente alto para a população brasileira, com grande aglomeração de pessoas e grande possibilidade de contágio, tais como grandes eventos, museus, cinemas e demais atividades incentivadoras de grandes aglomerações, além de turismo em geral, clubes, academias, atividades de lazer e esportivas;

- Instituições de ensino: estas atividades possuem uma ótica particular de funcionamento, que perpassam as ondas e que devem ser avaliadas pela Secretaria de Estado de Educação (SEE) em conjunto com as demais secretarias;

- Administração pública, organismos internacionais e transporte público: regulados em atos próprios.

(Com Agência Minas)

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