(Maurício Vieira)
Quando iniciou o curso de engenharia de produção, Luciana Beling, de 22 anos, passou a enxergar os processos realizados nas empresas de forma diferente. No dia a dia, a jovem começou a pensar em soluções simples que poderiam melhorar o atendimento e as vendas nessas organizações. Durante uma consulta ao dentista, por exemplo, percebeu que, mentalmente, estava listando ideias criativas para melhorar o negócio do profissional.
A visão de estratégias de otimização do mercado é uma das habilidades que Luciana aprendeu na graduação das Faculdades Kennedy. Cursando o 10° período, ela relata transformação. “Mudou minha forma de ver os processos produtivos”.
Prestes a se formar, Luciana sabe que tem um mercado amplo à frente. Além do comércio, o engenheiro de produção tem uma gama de oportunidades, principalmente nas indústrias.
O profissional pode atuar em várias áreas, desde planejamento e controle, gestão de qualidade e de processos, pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, estudos de viabilidade financeira e organização de logística. A formação também permite prestar consultoria empresarial no terceiro setor, explica o coordenador do curso da Kennedy, Nelson Ferreira Filho.
Preparado
O professor destaca que a graduação forma profissionais generalistas, prontos para atuar nos três setores da economia. “Nossos alunos têm uma forte base em ferramentas de gestão, tecnologia, meio ambiente e ética, sem esquecer a parte de matemática e estatística. É um curso que transita entre todas as áreas econômicas. Até a cozinha de um restaurante, por exemplo, precisa traçar o ciclo de produção”.
No estágio em uma clínica multidisciplinar, Luciana Beling pôde participar de reuniões de negociação e analisar as áreas estratégicas de prestação de serviços. “Percebi que as ferramentas de engenharia de produção são, de fato, aplicáveis ao setor”, afirma.
Empresa júnior
Com o projeto traçado, o curso de engenharia de produção das Faculdades Kennedy deve ganhar uma empresa júnior nos próximos meses. Orientados por professores, os alunos participantes poderão prestar consultoria a micros, pequenos e médios empreendimentos que necessitam reorganizar os processos produtivos. “Será um laboratório para os estudantes trabalharem com demandas de empresas que precisam de apoio técnico”, ressalta Nelson.
Também no 10° período, Heloísa Vieira, de 24 anos, ficou empolgada com a possibilidade de os universitários vivenciarem, na prática, o que foi aprendido em sala de aula. A estudante já fez alguns estágios, mas acredita que a iniciativa comandada por alunos e professores será bem proveitosa para quem que não teve contato com o mercado de trabalho.
“O projeto vai ajudar bastante os que estão no 1° período. Acredito que eles terão um entendimento técnico muito melhor da rotina da profissão”.
Estudante é incentivada a abrir o primeiro negócio
O empreendedorismo é marcante no curso de engenharia de produção das Faculdades Kennedy. Incentivados durante a graduação, estudantes já dão os primeiros passos como empresários. “Vários professores nos estimulam a sermos criativos e a montarmos nossos próprios negócios”, diz a aluna Luciana Beling.
A jovem não perdeu tempo e, seguindo os conselhos dos docentes, abriu uma pequena empresa com o pai, que é fotógrafo.
Com os conhecimentos técnicos vistos em sala de aula, Luciana elaborou um plano de negócios para o empreendimento e comprou uma máquina de estampas para ampliar os serviços prestados. “Quero também trabalhar na área industrial e, graças à formação generalista da Kennedy, sei que será possível”, afirma.
A aluna acredita que a inauguração da empresa júnior será positiva para todos os estudantes. Para ela, é uma oportunidade para aprender mais ainda sobre empreendedorismo.