Estrutura do carnaval de BH será ampliada

Alessandra Mendes
amfranca@hojeemdia.com.br
13/12/2016 às 08:44.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:03

Já consolidada no cenário nacional como um dos destinos mais procurados pelos foliões, a capital mineira está na reta final dos preparativos para o Carnaval de 2017. A pouco mais de dois meses para o início da festa que arrasta milhões de pessoas pelas ruas da cidade, o desafio agora é garantir uma infraestrutura adequada à demanda crescente. A expectativa de público para o ano que vem é de cerca de 2,4 milhões de pessoas, um aumento de 20% em relação à quantidade de foliões de 2016.

Não apenas as atrações devem aumentar – BH terá um número maior de blocos, desfiles e palcos – como também os serviços ofertados pela prefeitura. Nesse sentido, transporte público gratuito e banheiros químicos já estão sendo repensados.

“Não temos ainda como quantificar exatamente o que teremos porque é preciso conhecer a dimensão total da festa para ter uma estrutura adequada. Mas a gente tem se planejado para garantir que tudo ocorra da melhor forma”, afirma o presidente da Belotur e da Fundação Municipal de Cultura, Leônidas Oliveira.

Em 2016, foram disponibilizados 14 ônibus para os foliões circularem em um itinerário pela avenida do Contorno, atendendo a cerca de 60% dos blocos. No próximo ano, a quantidade de veículos e os locais atendidos devem ser ampliados. O aumento da oferta de banheiros químicos depende do número de blocos cadastrados, o que só será definido na próxima terça-feira, quando termina o prazo para inscrição junto à prefeitura.

Recursos
Para que as melhorias sejam viabilizadas, é preciso mais investimento. Até o momento, já foi captado R$ 1,6 milhão de patrocínio para o Carnaval 2017, o dobro do que foi utilizado neste ano. Mas, por enquanto, os recursos públicos destinados para a festa permanecem os mesmos R$ 2,5 milhões gastos em 2016.

“É muito cedo para falar em aumento porque isso vai depender da demanda, daí a importância do cadastramento dos blocos. Em janeiro é que vamos ter uma noção melhor da dimensão da festa. Estamos vivendo um momento com problemas financeiros, mas a prefeitura está fazendo um esforço imenso para garantir que tudo ocorra com a melhor qualidade possível”, ressalta Leônidas, que vai permanecer à frente da Fundação Municipal de Cultura após a posse do novo prefeito de BH, Alexandre Kalil.

Planejamento é também a palavra de ordem adotada pelos blocos que, além dos ensaios, estão envolvidos na questão estrutural. Desta vez, as tratativas com o poder público começaram mais cedo para que todos estejam afinados para fazer bonito durante a folia.

“O Carnaval daqui é muito novo, então, claro que algumas coisas poderiam ser melhores. Mas, quando a gente pensa em um evento deste tamanho, é um desafio para todo mundo. Percebo que eles (prefeitura) tentam acertar, fazem um planejamento, trabalham com dados, mas o crescimento é constante e não dá para saber ao certo como vai ser”, avalia a empresária e produtora do bloco Baianas Ozadas, Polly Paixão.

Neste ano, cerca de 300 mil pessoas acompanharam o desfile do Baianas pelas ruas de BH. Para 2017, o trajeto será mantido, mas algumas novidades já estão previstas. “Vamos reduzir o número de integrantes da bateria e ter um equipamento de som melhor, prezando pela qualidade”, explica Polly.

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