
Uma aluna da faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte está acusando uma professora da instituição de injúria racial. Em post publicado na sua página pessoal no Facebook, Mirna Guedes, 21 anos, conta que já foi vítima de preconceito da professora em três ocasiões, a primeira delas no ano passado.
Segundo a estudante de Design de Moda, na primeira vez, ela foi criticada por ter cabelos crespos e com volume. Insistentemente ela disse várias vezes, que deveria alisar os meus cabelos. "Disse até, que eu seria mais bonita assim".
Na segunda vez, a professora teria voltado a falar sobre os meus cabelos. Se referindo a algumas alunas de outra universidade que fizeram o procedimento. "Na terceira vez, dia 3 de agosto, ela se aproximou de mim e me perguntou: 'Você aqui assombração. Não formou ainda não?' Respondi com a voz embargada. Isto é crime, preconceito racial. Ela desconversou", afirma a jovem.
Ainda no post, a estudante destaca que já sofreu diversos preconceitos raciais. "Chega uma hora que sufoca, que reprime, que me faltam palavras, às vezes o ar, diante de tal sociedade. Só exijo respeito. Não sou movida a raiva que, assumo que sinto, quando ouço ou vejo tamanha barbaridade. Sou movida a justiça. Ao direito de liberdade de expressão e de ser quem você quiser ser".
Segundo a estudante, nas primeiras vezes que foi ofendida pela professora ela buscou auxílio da universidade, que nada fez. "Mas hoje, descrevo aqui o meu repudio a qualquer tipo de preconceito ou discriminação, seja racial ou não. Agora estou aguardando que a justiça seja feita, já fui à delegacia especializada com minhas testemunhas e espero que as providências sejam tomadas".
Ainda segundo a nota, diferentemente do que Mirna tem afirmado em relação ao episódio anterior, o Centro Universitário Estácio de Belo Horizonte buscou esclarecimentos junto à professora e a própria aluna, tendo tomado as devidas providências na ocasião, considerando, portanto, o episódio resolvido.
"Ressaltamos que, em nenhuma hipótese, toleramos qualquer tipo de discriminação com os alunos e funcionários da instituição e que, em caso de qualquer ocorrência neste sentido, são tomadas as medidas previstas no nosso Código de Ética." A professora foi procurada pela reportagem por meio da assessoria da Estácio, mas não quis dar declarações.
Confira abaixo o post da jovem no Facebook: