Estudante universitário é preso por venda e manipulação de drogas sob demanda

Simon Nascimento
scruz@hojeemdia.com.br
28/11/2018 às 11:56.
Atualizado em 28/10/2021 às 02:25
 (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

(Maurício Vieira / Hoje em Dia)

Um esquema organizado em um site, com venda de drogas de acordo com a demanda psicológica dos usuários, foi desmantelado pela Polícia Civil de Minas Gerais. O responsável pela comercialização dos entorpecentes é um estudante, de 30 anos, do 9° período do curso de Química da UFMG, que está preso preventivamente.

De acordo com as investigações, iniciadas há seis meses, o homem vendia drogas sintéticas, anabolizantes, substâncias injetáveis e um tipo de maconha especial conhecido como "Vanilla Kush". 

Os materias eram vendidos em um site. Ao lado do anúncio de cada substância, o estudante colocava um pequeno resumo dos efeitos que o uso traria. Além disso, o homem indicava um outro site aos usuários, em que estavam registradas avaliações de pessoas sobre as drogas. 

"Esses materiais vinham pelos Correios do Leste europeu e ele, utilizando dos conhecimentos que tinha sobre Química, elaborava conforme o gosto do cliente", explicou o delegado Wagner Pinto, chefe do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc). 

Os clientes do suspeito, segundo a corporação, eram universitários de classe média alta. Os entorpecentes também eram comercializados em calouradas e festas rave. 

Diversas substâncias foram apreendidas. O valor da carga esta avaliado em R$400 mil.Maurício Vieira / Hoje em Dia / N/A

Material apreendido

Laboratório

Para atender a demanda individual dos clientes, o estudante de Química montou um laboratório em uma república, onde morava com outros universitários, também da UFMG, no bairro São Francisco, Noroeste de Belo Horizonte.

Segundo a Polícia Civil, o crime começou a ser praticado pelo estudante em meados de 2014. O homem não tinha passagens policiais. "Ele  confessou tudo e foi autuado em flagrante delito por tráfico ilícito de drogas", disse o delegado. A pena prevista para o crime é de 5 a 15 anos de prisão.

Esclarecimento

Apesar do homem estar matriculado na UFMG, a Polícia Civil esclareceu que a universidade não tem nenhuma relação com a prática do crime  por parte do aluno.

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