Estudantes ampliam protesto e ocupam campus São Gabriel da PUC Minas

Da Redação
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08/11/2016 às 11:39.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:34
 (Facebook/Reprodução)

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No mesmo dia em que a Justiça mineira mandou os estudantes desocuparem os prédios da PUC Minas campus Coração Eucarístico, os universitários realizaram assembleia e decidiram ampliar o protesto. Desde o fim da noite de segunda-feira (7), uma área do campus São Gabriel foi 'invadida' pelos alunos contrários ao Projeto de Emenda Constitucional (PEC) do Teto dos Gastos e da Reforma do Ensino Médio.

Conforme os manifestantes, a intenção não é paralisar as atividades na universidade e prejudicar os demais estudantes. "A ocupação visa estabelecer o diálogo não apenas com os alunos, mas também com os trabalhadores da unidade, tendo em vista que a PEC 55 afetará a classe trabalhadora como um todo", explicaram em uma rede social.

"Reiteramos o nosso compromisso com a luta por uma educação de qualidade e contra os retrocessos que vêm sendo implantados pelo governo golpista", prosseguiram.

Ocupações

A PUC Minas foi a primeira instituição privada no Brasil a ser ocupada por manifestantes. Após a Justiça decretar a reintegração de posse do espaço, os estudantes que participam do ato fizeram assembleia e, por 104 votos favoráveis contra 36 contrários, o movimento foi estendido para a outra unidade. 

"O nosso objetivo é fortalecer as ocupações já existentes, tantos nas escolas quanto das universidades, sobretudo do Campus Coração Eucarístico", protestaram. Conforme a decisão judicial, os estudantes têm cinco dias para saírem das dependências do campus, no bairro Coração Eucarístico.


Procurado pela reportagem, a PUC Minas ainda não se pronunciou sobre a nova ocupação. Contudo, a instituição informou que mantém diálogo com o movimento dos alunos para "não valer-se de meios abusivos para proceder à desocupação de suas instalações".

"Mas a Universidade entende que cabe aos participantes desse movimento considerarem os direitos acadêmicos de todos os alunos. Assim, mesmo compreendendo a relevância social da motivação do mencionado movimento, a Universidade não pode permitir que a normalidade das atividades acadêmicas seja prejudicada, especialmente em função da proximidade do final do semestre letivo", declarou por meio de nota

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