Estudantes de BH aderem ao movimento social "Um Dia Sem Sapatos"

Izabela Ventura - Hoje em Dia
29/04/2014 às 20:46.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:22
 (EUGÊNIO MORAES/HOJE EM DIA )

(EUGÊNIO MORAES/HOJE EM DIA )

  Milhares de estudantes de Belo Horizonte e região metropolitana aderiram, nesta terça-feira (29), ao “Um Dia Sem Sapatos”, movimento mundial para promover a solidariedade entre os povos. Eles assistiram as aulas descalços, num dia frio, imaginando como é a vida de crianças que não têm sequer um par de sapatos para aquecer os pés.   O objetivo da campanha, segundo os organizadores do “One Day Without Shoes” de Portugal, é alertar e sensibilizar a população para a importância da igualdade, da justiça e da dignidade do ser humano. “Queremos mostrar que, localmente, podemos e devemos começar a dar respostas aos grandes desafios do mundo”, descrevem, no portal da internet.   No Colégio Nossa Senhora das Dores, no bairro Floresta, zona Leste de BH, quase todos os 1.400 alunos, além de professores e funcionários, conseguiram ficar o dia inteiro descalços.    Trata-se da primeira escola belo-horizontina a aderir à campanha, que foi integrada ao programa de voluntariado educacional Humani. Ontem, foram arrecadados materiais de limpeza para o Instituto Educacional São João Batista, no bairro Esplanada, também na zona Leste.   Segundo a diretora do colégio, irmã Francisca Gonçalves Fernandes, a campanha teve excelente adesão dos alunos, que já se organizam para outras causas humanitárias.   “Descalças, as crianças pobres ficam sujeitas a lesões e doenças. Se para mim foi desconfortável e meio nojento ficar sem sapatos por um dia, imagina para elas, todos os dias assim”, comentou a aluna do 3º ano, Júlia da Costa Viana, de 17 anos.   Já o colega Pedro de Abreu, da mesma idade, não conseguiu ficar muito tempo sem sapatos ontem, o dia mais frio do ano em BH, quando a temperatura chegou aos 10,7 ºC, conforme o 5º distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). “Não consigo ficar nem um dia, me solidarizo com quem não tem o que vestir”, disse.   A aluna do 1º ano, Luísa Moraes, de 15 anos, que tem mais de dez pares de sapatos em casa, disse ter consciência da pobreza vivida por adolescentes pobres mundo afora, e que sempre doa os calçados que não lhe servem mais ou saem de moda.

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