Estudo nacional com participação da UFMG pesquisa imunidade contra o coronavírus

Da Redação*
portal@hojeemdia.com.br
01/12/2020 às 20:04.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:11
 (Josué Mamacena | Fiocruz / Divulgação)

(Josué Mamacena | Fiocruz / Divulgação)

Uma equipe da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) passou a integrar um estudo nacional realizado pelo Instituto Butantan, em São Paulo, denominado Avaliação de incidência de infecção por Sars-CoV-2 e de Covid-19 (Avisa), que vai identificar a dinâmica da infecção e a permanência da imunidade nos pacientes que contraíram o novo coronavírus.

Ao longo de 18 meses, serão acompanhadas, em 11 cidades brasileiras, 3.520 pessoas, sendo 357 delas na capital mineira, onde a pesquisa, que também focalizará eventuais reinfecções, será liderada pelo professor Mauro Martins Teixeira, do Departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), com a coordenação da professora Bárbara Maximino Rezende, da Escola de Enfermagem, e da enfermeira Carolina Braga de Resende. Em BH, a pesquisa é conduzida pela UFMG, 

“Os participantes foram selecionados por meio de sorteio, em 30 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital. Com base no conceito de saúde da família, vamos investigar famílias inteiras. Inicialmente, faremos testes rápidos de diagnóstico para o coronavírus a fim de descobrirmos se as pessoas estão infectadas ou se já tiveram o vírus. Acompanharemos essas pessoas para avaliar se elas serão infectadas, no caso daquelas que ainda não tiveram o vírus, ou reinfectadas, para entender por quanto tempo os anticorpos permanecem nos organismos daquelas que já tiveram a doença”, explica Mauro Teixeira.

O acompanhamento dos participantes será feito mensalmente, por meio de teste rápido que detecta o vírus. A cada três meses, as equipes da UFMG coletarão o sangue dos participantes para uma avaliação mais completa do sistema imune. “Esse exame trimestral nos possibilitará entender, de forma mais aprofundada, a resposta imune do organismo ao Sars-CoV-2”, explica Teixeira.

Para o coordenador, ainda há pouco conhecimento sobre a duração da imunidade adquirida pelos infectados e da incidência de reinfecção pelo coronavírus e o estudo possibilitará avanços na obtenção de dados. 

“O estudo pode esclarecer sobre a conduta das pessoas durante a pandemia. Vamos aplicar um questionário para investigar se os participantes estão respeitando o isolamento social e aderindo às medidas de prevenção para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. Isso contribuirá para entendermos a eficiência das políticas públicas relacionadas à pandemia", analisa o professor do ICB, acrescentando que a iniciativa ajudará também no desenvolvimento de futuras vacinas. "Vamos criar um parâmetro em relação a elas. Entender quanto tempo os anticorpos duram no organismo propicia avançar nesses estudos”, afirma.

Além de BH, a pesquisa ocorrerá no Distrito Federal e nos estados de São Paulo, Sergipe, Roraima, Rondônia, do Rio de Janeiro, Ceará e Mato Grosso. 

Com informações da UFMG.

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