(Polícia Federal/Divulgação)
O advogado Wasley César Vasconcelos, que defendeu Luiz Henrique Romão, o "Macarrão", no caso envolvendo o desaparecimento de Eliza Samudio, foi preso com aproximadamente 200 quilos de maconha. Ele foi abordado e detido pela Polícia Federal na MG-050, próximo ao município de Capitólio, região Centro-Oeste de Minas. Além do advogado, outros três suspeitos foram presos. O delegado Daniel Souza Silva informou que há uma semana recebeu a denúncia de que o advogado teria envolvimento com o tráfico de drogas em Nova Serrana e que nesta semana iria a São Paulo buscar uma grande quantidade de entorpecentes. "Passamos a acompanhar a atividade dele e ontem conseguimos identificar que o advogado saiu de Nova Serrana, junto com outras três pessoas, em dois carros. Eles seguiram em direção a Mato Grosso do Sul e, na divisa com São Paulo, eles voltaram", disse. Conforme o delegado, Wasley usou a técnica do batedor, em que um veículo segue na frente para fazer a escolta de outro automóvel. A abordagem ocorreu na MG-050, em um posto de gasolina, quando os suspeitos pararam para abastecer. A maconha estava escondida em um Siena e o advogado estava em um Corolla. Os suspeitos não apresentaram resistência. Eles e o material apreendido foram levados para a sede da Delegacia Federal de Divinópolis. Segundo Daniel Souza, a investigação apontou que a droga seria distribuída em Nova Serrana. "Os outros três suspeitos foram contratados pelo advogado para dirigir os carros e acompanhar o carregamento, mas o entorpecente era do advogado", contou. Da delegacia, os quatro presos foram levados para o Presídio Floramar, em Divinópolis. "Como a investigação é recente, ainda estamos levantando todos os dados. A partir de agora teremos mais elementos sobre o caso", concluiu o delegado. A operação da PF contou com o apoio da Polícia Militar. Todo o procedimento da prisão em flagrante contou com a presença de um representante da OAB, devido ao fato de um dos presos ser advogado. Defesa Walsey César representou "Macarrão", mas deixou o caso antes do acusado de sequestrar e matar Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, ser condenado a 15 anos de prisão. O ex-braço direito do goleiro cumpre pena da Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.