Ex-braço direito de Beira-Mar, Roni Peixoto vai para prisão domiciliar

Anderson Rocha
03/04/2019 às 12:26.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:04
 (Luiz Costa / Arquivo Hoje em Dia )

(Luiz Costa / Arquivo Hoje em Dia )

O ex-traficante Roni Peixoto, condenado a 35 anos de prisão por tráfico de drogas, foi beneficiado com uma decisão judicial de progressão criminal, passando do regime semiaberto para o aberto domiciliar. A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) informou que  Roni deixou a Penitenciária José Maria Alkimin às 12h15min desta quarta-feira (03).

A decisão foi dada pela juíza Miriam Vaz Chagas, da Vara de Execuções Criminais de Ribeirão das Neves, na Grande BH, nessa terça-feira (2). 

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a juíza justificou o benefício com base na pena do detento. Segundo ela, Roni já cumpriu 24 anos e meio dos 35 anos de condenação e, por isso, cumprirá o regime aberto em casa. Ele poderá sair para trabalhar e deverá ficar em casa à noite, nos finais de semana (a não ser que se comprove a realização de trabalho aos sábados ou domingos) e feriados. Também não poderá deixar a comarca em que reside sem avisar a Justiça nem frequentar bares. 

O TJMG não informou se Roni Peixoto usará tornozeleira eletrônica, alegando que o processo corre em segredo de Justiça.   

Segundo o advogado e ex-presidente da Comissão de Assuntos Carcerários da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MG) Fábio Piló, se Roni Peixoto usar tornozeleira eletrônica será acompanhado pela Unidade Gestora de Monitoramento Eletrônico. "Se houver uma violação do equipamento, soa-se um alarme e a equipe entra em contato com o preso. Se não houver resposta ou tiver algum descumprimento da medida, pode-se acionar a polícia para prendê-lo", explica o especialista.

Caso a tornozeleira não seja usada, a responsabilidade de acompanhar o detento em regime aberto é do Ministério Público, segundo Fábio Piló. 

Roni Peixoto

Roni já foi considerado um dos mais perigosos traficantes do Estado, tendo ficado conhecido como o braço-direito do megatraficante Fernandinho Beira-Mar em Minas. 

Essa é a terceira vez que Roni Peixoto de Souza, de 47 anos, recebe um benefício de progressão: em 2011, ele saiu do regime fechado para o semiaberto, mas aproveitou-se da situação para fugir da penitenciária José Maria Alkmin, em Ribeirão das Neves. Ele ficou foragido por cerca de um ano.

Já em março do ano passado, Peixoto foi novamente beneficiado com o semiaberto. Na ocasião, o ex-traficante estava preso no Complexo Público Privado III, em Ribeirão das Neves. 

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