Ex-funcionários da Backer e de fornecedora de produtos químicos prestam depoimento em Belo Horizonte

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
16/01/2020 às 20:58.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:19
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Um ex-funcionário de uma distribuidora de produtos químicos de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e um ex-funcionário da Cervejaria Backer foram ouvidos pela Polícia Civil, nesta quinta-feira (16), na 4ª Delegacia de Polícia Barreiro, no inquérito que investiga a contaminação das cervejas por monoetilenoglicol e dietilenoglico, substâncias tóxicas que foram encontradas em todos os materiais recolhidos e analisados até o momento.

Os advogados da cervejaria tiveram acesso aos depoimentos e puderam fazer perguntas às testemunhas. “A ação visa a garantia da realização de um procedimento investigativo moderno, transparente e embasado em preceitos constitucionais”, diz o comunicado da polícia.

Durante a tarde, a http://produtos,químicos,de,Contagem cumpriram mandados de busca e apreensão em uma empresa química de Contagem que fornece monoetilenoglicol para a Backer. Agentes recolheram documentos e produtos que serão encaminhados para a perícia. Polícia Civil/Divulgação

Investigadores e peritos do Instituto de Criminalística e do Mapa seguem realizando novas perícias na cervejaria. 

A Backer informou que desde essa quarta-feira (15) atua para prestar assistência e apoio aos pacientes e seus familiares e que está colaborando com as autoridades e verificando seus processos para contribuir com as investigações.

Mais cervejas contaminadas

O Ministério da Agricultura informou na tarde desta quinta-feira (16), que identificou a presença das substâncias dietilenoglicol e monoetilenoglicol em https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/sobem-para-oito-os-r%C3%B3tulos-da-backer-contaminados-por-subst%C3%A2ncia-t%C3%B3xica-confira-quais-s%C3%A3o-1.767314, totalizando 21 lotes contaminados. Além das marcas Belorizontina e Capixaba, divulgadas anteriormente, foram encontradas as substâncias tóxicas nas marcas Capitão Senra, Pele Vermelha, Fargo 46, Backer Pilsen, Brown e Backer D2.Flávio Tavares 

Defesa do consumidor

O https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/comerciantes-n%C3%A3o-devem-fornecer-nem-vender-nenhuma-cerveja-da-backer-recomenda-procon-mg-1.767330 nesta quinta-feira (16) que as cervejas produzidas pela Backer não devem ser vendidas e nem fornecidas por comerciantes no estado. O comunicado foi emitido depois de uma reunião entre o órgão e representantes da cervejaria.

Mortes investigadas

Até o momento, https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/cidades/sobe-para-quatro-o-n%C3%BAmero-de-mortes-por-s%C3%ADndrome-nefroneural-investigadas-em-minas-1.767324 - doença que pode estar ligada ao consumo de cerveja com substâncias tóxicas - foram registradas em Minas, conforme boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

Um homem de Juiz de Fora, na Zona da Mata, que morreu em 7 de janeiro, teve o dietilenoglicol detectado no exame de sangue. Os outros óbitos, ainda em investigação, são de dois homens de BH, de 75 e 89 anos, e de uma mulher de 60, de Pompéu, no Centro-Oeste. Informações preliminares dão conta de que todos teriam consumido a Belorizontina antes de passar mal. Eles deram entrada em unidades de saúde com quadro de insuficiência renal.

Até esta quinta, a SES já recebeu 18 notificações da doença.

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