A Justiça condenou, em primeiro grau, o ex-prefeito de Santana da Vargem, no Sul do Estado, e outros cinco ex-funcionários do município por organização criminosa e pela prática de 101 crimes de peculato, que é o desvio de um bem ou dinheiro público. As condenações foram baseadas em provas apresentadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Eles foram denunciados na operação Hemorragia, ocorrida em maio de 2017, que apontou o desvios de verbas da Associação Comunitária Vargense. O dinheiro, que deveria ser usado em saúde, alimentação e moradia de pessoas carentes, era desviado por meio de documentos falsos.
Pela sentença, o ex-prefeito da gestão 2012/2016 e a esposa dele, que ocupava a Secretaria de Assistência Social, foram condenados, cada um, a 15 anos, um mês e 3 dias de prisão em regime fechado. Os dois estão presos desde maio de 2017, quando ocorreu a operação.
Também foram condenados um ex-presidente da Associação Comunitária Vargense, que recebeu pena de 10 anos, nove meses e 10 dias em regime fechado, e um ex-coordenador de Saúde da cidade, que teve a pena de 12 anos, 11 meses e sete dias de prisão em regime fechado. Os dois também estão presos.
Um ex-motorista foi condenado a 12 anos, 11 meses e sete dias de reclusão, em regime fechado. Uma ex-assistente social, que colaborou com as investigações, foi condenada a cinco anos, dois meses e 10 dias, em regime semiaberto. Os dois vão poder recorrer da decisão em liberdade.