Exame de DNA confirma que vigilante é pai de bebê doado pela mãe

Hoje em Dia
02/12/2013 às 09:06.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:30
 (Facebook/Reprodução)

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O vigilante Johney Lima Santos, de 24 anos, é o pai biológico do bebê, de 2 meses, doado pela própria mãe, no mês passado. A confirmação veio através de um  exame de DNA. O procedimento foi realizado após a mãe da criança, Renata Soares da Costa, de 19 anos, ter alegado em depoimento à Polícia Civil que não sabia quem seria o pai do bebê, numa tentativa de justificar o episódio em que forjou o sequestro do filho.

Com a confirmação, o vigilante comemorou muito ao lado da criança. Mas o caso ainda está dando dor de cabeça à família do casal. Na madrugada desse domingo (1º), um incêndio criminoso destruiu a casa onde morava ele morava com sua então esposa Renata. O barracão pequeno, sem reboco ou pintura, foi tomado pelas chamas.

"Se acontecesse uma coisa só, mas esse tanto é difícil de suportar”, disse Santos, que com os olhos cheios de lágrimas, ao ver a destruição de sua residência. A suspeita é que alguém tenha quebrado o vidro da janela do quarto e atirado uma bucha com álcool e fogo dentro do cômodo. Como o forro do teto contém isopor, quase tudo foi queimado.
 
Ninguém dormia no endereço de nº 129 da rua Picassu, no bairro Icaivera, em Contagem, quando o incêndio começou. A advogada da mãe do menino também esteve no barracão no início da tarde. Segundo ela, Renata está em uma fazenda em Poços de Caldas, no Sul de Minas, aos cuidados de amigos. “O incêndio tem que ser apurado. O que muda é a preocupação com a integridade da minha cliente”, informou. Paulinho Costa, pai de Renata, estava desolado. “O lugarzinho que a minha filha tinha pra morar agora ela também perdeu”, disse.
 
Crime
 
A história da família foi parar na polícia e nos jornais no dia 23 de novembro. Renata saiu de sua casa, em Contagem, para ir ao Centro de Belo Horizonte. Aos policiais, ela relatou que foi abordada por dois chineses e um homem armado, que a ameaçou e roubou o bebê de seus braços.
 
A Polícia Civil do Rio de Janeiro localizou o menino com um casal de adolescentes no bairro Vila Valqueire. Em depoimento, eles confirmaram que a mãe biológica de Arthur o doou, depois de vários contatos pela internet.
 
Renata chegou a ser presa no Complexo Feminino Estevão Pinto, em BH. Se ficar comprovado que houve a entrega do neném em troca de dinheiro, Renata pode ficar presa por até 7 anos. O casal do Rio de Janeiro que recebeu a criança também está sob investigação.

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