Expectativa para o 'segundo' Enem: mais de 70 mil mineiros fazem provas neste fim de semana

Da Redação
horizontes@hojeemdia.com.br
30/11/2016 às 20:51.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:53

Um mês a mais de estudos, mas também 30 dias extras de expectativa e angústia. Candidatos que tiveram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) adiado por conta das ocupações em escolas, universidades e institutos federais, participam neste fim de semana da segunda aplicação do teste. 

Em Minas, 72 mil estudantes são aguardados nos locais de prova. O Estado lidera o ranking nacional de pessoas afetadas pelos protestos. Em todo o Brasil, 277 mil inscritos devem participar dessa etapa, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Além do desafio de controlar a ansiedade, muitos alunos tiveram que reorganizar planos e dividir as atenções com outros vestibulares e o encerramento do ano letivo. 

Para João Victor do Carmo, de 17 anos, o transtorno foi ainda maior. Com um transplante de córnea agendado para novembro, logo após a data inicialmente marcada para o Enem, o aluno do Coleguium precisou transferir o procedimento médico para janeiro. “Minha visão piorou bastante neste último mês. Tive que mandar fazer um óculos especial para a prova”, conta.

Para o jovem, que pretende cursar medicina, a expectativa é a de que a prova do fim de semana tenha o mesmo nível de cobrança da anterior, aplicada em novembro.

Quem também não gostou nada da mudança foi a aluna Débora Lages, de 17, do Colégio Providência, em Mariana, na região Central. Apesar do apoio recebido pelos professores, ela se sente ansiosa e insegura. A estudante conta que toda a turma foi prejudicada. A data do baile de formatura precisou ser alterada. 

“Entramos em consenso e mudamoss para o dia 9, mas tivemos que aceitar fazer em um local menor e mais caro, além de ter trocado a banda”, diz Débora.

Por outro lado, há quem tenha gostado da mudança. Aluna do Colégio Santo Agostinho, Elisa Bastos disse que a preparação foi um pouco diferente nesta reta final. Além de estudar e fazer simulados em casa, ela recorreu aos plantões oferecidos pelos professores para tirar dúvidas. “O mês a mais me ajudou bastante porque diminuiu a pressão, e agora estou mais tranquila e confiante. Mas a parte ruim foi ver os amigos combinando festas e encontros enquanto eu precisava estudar”.

Calma

Seja para quem é a favor ou contra o adiamento, agora é hora de manter a calma, reforça a pedagoga Aparecida Nicolai Curto. Segunda ela, a exigência deve ser a mesma do primeiro exame. “O nível de dificuldade não deve mudar, nem vai sair do modelo com o qual eles já estão acostumados”, diz a profissional, que atua no Colégio ICJ.

(Com Mariana Durães)

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