A partir desta segunda-feira (1º), as tarifas dos ônibus metropolitanos gerenciados pela Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas e fiscalizados pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) serão reduzidas em 3,65%, cerca de R$ 0,15, para a maior parte das linhas contempladas pela medida, anunciada pelo governador Antonio Anastasia, no último dia 20.
Embora a redução seja uma reivindicação antiga dos usuários, em pauta nas manifestações que vêm acontecendo em Belo Horizonte e Região Metropolitana (RMBH), nas últimas semanas, a expectativa era a de que as tarifas ficassem ainda mais baratas.
“R$ 0,15 são uma mixaria; eu pago R$ 3,60 de passagem. Não adianta baixar o preço se não tem ônibus circulando. Pagamos caro por um serviço que não funciona”, afirma o garçom Inácio Loyola, morador de Vespasiano, na Grande BH.
A técnica em enfermagem Elaine Cristina de Souza, também de Vespasiano, tem sentimento de descontentamento com a medida. “A redução nas tarifas é apenas uma reação do governo aos protestos da população, efeito que deverá ser passageiro. Não acredito que a passagem vá ficar mais barata por muito tempo. Isso é só porque as pessoas estão pedindo agora. Ainda estamos tentando acreditar na promessa do governador”, disse.
Para a mãe de Elaine, a dona de casa Áurea Gregória de Souza, a redução deveria vir acompanhada de melhorias no transporte público. “Faltam ônibus para atender os bairros da região em que moramos e constantemente perdemos compromissos por causa dos intervalos longos entre uma viagem e outra”, afirma.