Fícus centenários estão com os dias contados em Belo Horizonte

Danilo Emerich - Do Hoje em Dia
25/01/2013 às 10:25.
Atualizado em 21/11/2021 às 21:08
 (FREDERICO HAIKAL)

(FREDERICO HAIKAL)

Parte dos 50 fícus que compõem a paisagem da avenida Bernardo Monteiro, entre as avenidas Alfredo Balena e Brasil, no bairro Santa Efigênia, está com os dias contados. Não foi encontrada solução para a praga que acometeu as árvores e resta agora aos técnicos da Secretaria de Meio Ambiente de Belo Horizonte monitorarem os espécimes, para prevenir possíveis quedas.

Em agosto do ano passado foi identificada a presença da mosca-branca. O inseto suga a seiva das plantas e provoca queda das folhas, deixando um aspecto de mortas. Um tipo de fungo também está apodrecendo e secando os galhos dos fícus.

Apesar de a praga ter sido identificada pela primeira vez nos Estados Unidos, em 2007, ainda não há uma cura registrada cientificamente no mundo.


Sem alerta

Não há risco iminente de queda dos fícus da Bernardo Monteiro e as árvores estão sendo acompanhadas “rotineiramente”, segundo a Secretaria de Meio Ambiente. Caso haja alteração na estabilidade das árvores, o local será isolado e as mais atingidas podem ser suprimidas.

Essa medida atende à lei 10.610, sancionada no último dia 15 pelo prefeito Marcio Lacerda. A norma determina o exame periódico das árvores da cidade, prevendo isolamento e corte daquelas que comprometerem a segurança das pessoas.

No caso da Bernardo Monteiro, quem frequenta o canteiro onde estão as árvores se mostra preocupado. Morador da avenida há 30 anos, Everaldo Cláudio Santos, de 53, disse nunca ter visto os fícus nessa situação. “Tomara que encontrem a cura o quanto antes, para que o visual volte a ser belo”, afirmou.

A conclusão do inventário das árvores de BH, em fase de elaboração pela prefeitura, em parceria com a Universidade Federal de Lavras (Ufla), é apontada pela superintendente-executiva da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda), Maria Dalce Ricas, como solução para o controle da situação das árvores.

Atualmente, o levantamento das árvores de BH passa pela região Oeste. Segundo o gerente de Projetos Especiais da secretaria, Júlio de Marco, ainda não se sabe quantos espécimes estão doentes ou devem ser cortados nas regiões já catalogadas (Leste e Noroeste). Esse levantamento será iniciado pela PBH em fevereiro.

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