Falta de médicos afeta todas as áreas em BH e condições de trabalho são insalubres

Fernando Zuba - Hoje em Dia
01/04/2013 às 06:46.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:25

Sem prevenção e promoção adequada à saúde, a consequência é uma população cada vez mais doente. O alerta é da presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Belo Horizonte (Sindibel), Célia de Lélis. Segundo ela, na atenção básica, há carência de profissionais em todos as especialidades, como psicologia, pediatria e neurologia. Além disso, afirma ela, as condições de trabalho são insalubres.

“O problema não é agravado só pela falta de investimento. A prefeitura não avança na capa-citação continuada de médicos e enfermeiros e também no suporte e aquisição de aparelhos indispensáveis ao atendimento de pacientes”, considera a sindicalista. Ela acrescenta que o somatório de todos esses problemas resulta na superlotação.
 

Insatisfação

Para comprovar as denúncias do Sindibel, uma equipe do Hoje em Dia ficou de plantão na porta do Hospital Municipal Odilon Behrens (HOB), no bairro São Cristóvão, região Noroeste, na última terça-feira. Em poucos minutos, várias reclamações sobre a falta de leitos, de médicos e de equipamentos.

Sentindo fortes dores no corpo, principalmente no pescoço e na cabeça, o técnico em ar-condicionado Lafaete Francisco de Matos, de 54 anos, chegou ao Odilon por volta das 10h30. Porém, só conseguiu atendimento seis horas depois.

“A consulta não durou mais que 15 minutos. O médico fez um exame superficial e receitou um analgésico. Em seguida, aconselhou que eu procurasse um posto de saúde para fazer uma ressonância magnética, pois o hospital não tinha o equipamento”, contou, revoltado, o paciente.


Consulta

Grávida de oito meses, Jaqueline Cristiane dos Santos, de 16 anos, também estava indignada. Relatou que estava sentindo muita dor e, com medo de perder o filho, foi ao hospital.

“Após mais de duas horas na fila, fui examinada rapidamente e orientada a utilizar uma medicação durante sete dias. Queria ser internada, mas o médico informou que não iria adotar o procedimento”, disse a gestante.

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