Falta de recursos prejudica e sobrecarrega atendimento de batalhão dos bombeiros

Danilo Emerich - Hoje em Dia
19/03/2015 às 18:01.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:24
 (Google Street View / Reprodução)

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O contingenciamento de recursos pelo Governo do Estado e a demora para a aprovação da Lei Orçamentária anual dificulta, desde agosto do ano passado, o funcionamento do 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros, localizado na avenida Antônio Carlos, no bairro São Francisco, na região da Pampulha de Belo Horizonte. O problema afeta a manutenção das viaturas, o fornecimento de combustível e até aquisição de material para conservação da estrutura física da unidade.   No fim do ano passado, o Hoje em Dia denunciou o problema de sucateamento nas viaturas da Polícia Militar, Civil e Bombeiros e até a falta de combustível para o atendimento das corporações.   O representante da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Sargento Rodrigues (PDT), visitou o batalhão nesta quinta-feira (19) e constatou as dificuldades. Ele informou que irá ao 1º e ao 2º batalhões e, posteriormente, realizar uma audiência pública na ALMG para cobrar das autoridades uma solução para o problema.   Em entrevista ao Hoje em Dia, o subchefe do Estado Maior do Corpo de Bombeiros, coronel Ricardo Eugênio da Silva Oliveira, enfatiza que, apesar dos problemas, não há demanda reprimida, nem no 3º Batalhão ou no Estado e nenhum chamado da população está sem atendimento.   “Considerado que a Lei Orçamentária ainda não foi aprovada, os recursos são liberados de forma proporcional mensalmente, ou seja, 80%  de 1/12 do total previsto. Desde agosto de 2014 houve um contingenciamento das verbas e os recursos foram minorados”, afirmou o coronel.   Oliveira informou que com menos recursos, a corporação não pode dar a plena manutenção nas viaturas. O militar também admitiu que, durante a transição de governos, houve problemas de fornecimento de combustível em algumas unidades dos bombeiros, mas a situação já teria sido normalizada.   Ao todo, o Estado conta com 1.100 viaturas, com idade média da frota de 7 anos. O coronel Ricardo Eugênio da Silva Oliveira não soube dizer quantas estavam fora de operação. No 3º Batalhão, ele informou que dos 90 veículos da unidade, cerca de 30 são usados diariamente em resgate, socorro e salvamento da população. O restante seriam barcos, motos e até viaturas da auto-escola interna da corporação.   “O número de viaturas que vão para manutenção é flutuante. O desgaste dela é alto. Temos 15 veículos, de diversos tipos, baixadas para reparos e outras 13 em operação. Porém, ressalto que as disponíveis estão dando conta de atender as todas as demandas”, informou o subchefe do Estado Maior do Corpo de Bombeiros.

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