Família diz que aposentada mexeu dentro do caixão durante o velório no Sul de Minas

Thais Oliveira - Hoje em Dia
18/02/2015 às 15:13.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:04

A polícia investiga a morte de uma mulher que teria se movido durante o velório, na madrugada de terça-feira (17), em Machado, no Sul de Minas Gerais. Conforme o relato dos irmãos da aposentada Maria de Lourdes Pereira, de 60 anos, à Polícia Militar (PM), ela mexeu a boca e os olhos, além de não apresentar rigidez cadavérica. A suspeita da família é que tenha havido negligência por parte da equipe médica que constatou o óbito.   A vítima ficou internada 14 dias no Hospital Universitário Alzira Velano, em Alfenas, na mesma região, com suspeita de leucemia. Na segunda-feira (16), ela entrou em coma e foi transferida para a Santa Casa de Alfenas. O diretor clínico da última instituição, Carlos Barros, alegou que o caso dela era grave e sem possibilidade de recuperação. “Entendemos o sofrimento da família, mas o hospital nega qualquer chance dela ter saído viva daqui. Mesmo que os exames não tenham ficado prontos, é praticamente certo que ela teve leucemia”. Em nota, a Santa Casa de Alfenas disse que "todos os procedimentos realizados no atendimento à paciente foram dentro dos padrões de qualidade estabelecidos por protocolos clínicos vigentes, sendo-lhe assegurada a melhor assistência médica naquele momento".    Segundo Barros, pode ter ocorrido pequenos movimentos do músculo durante o velório, o que é muito raro. “O movimento pode acontecer também até 48 horas após a morte quando a funerária não amarra bem o falecido”, afirmou. De acordo com o boletim de ocorrência, durante o velório, um funcionário da funerária foi chamado e o mesmo deu um ponto na boca de Maria de Lourdes.   Ainda conforme informações repassadas pela PM, na manhã de terça-feira, os familiares solicitaram um médico e uma enfermeira, que também constataram a morte da aposentada. Mesmo assim, o caso foi encaminhado para a investigação da Polícia Civil (PC) de Alfenas, pois, de acordo os militares, os irmãos da mulher alegam que no obituário não consta a causa e o horário da morte.   O corpo da mulher foi removido para o Instituto Médico-Legal (IML) para confirmar a causa do falecimento. 

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