Família do tráfico é presa vivendo em condomínio de luxo de Lagoa Santa

José Vítor Camilo
08/04/2019 às 18:33.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:08
 (PC / Divulgação)

(PC / Divulgação)

Uma operação da Polícia Civil (PC) terminou com três pessoas de uma mesma família presas por tráfico de drogas em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Foram presos um homem de 36 anos, que foi apontado como um grande traficante da capital mineira, a companheira dele, de 38, e o cunhado, de 43 anos. Os três viviam em um condomínio fechado no município e esbanjavam uma vida de luxo nas redes sociais, onde compartilhavam fotos de viagens e grandes festas. 

As investigações, que duraram cerca de dois anos, apontaram que o homem mais novo, conhecido como Tim Tim, iniciou sua ação no tráfico de drogas como membro de uma facção liderada por Carlos Alexandre da Silva Juscelino, o Nem Sem Terra, que já foi condenado a mais de 40 anos de prisão por uma série de crimes e era considerado um dos bandidos mais perigosos do Estado. 

Ainda conforme a corporação, o suspeito preso em Lagoa Santa teria sido um grande aliado do traficante durante uma sangrenta guerra ocorrida em meados dos anos 2000, quando o bando tentava dominar completamente o Aglomerado Morro das Pedras, na região Oeste da capital mineira. Após a prisão de Nem Sem Terra, Tim Tim teria então expandido seus pontos de venda de drogas para o centro de Belo Horizonte, em uma área de prostíbulos, e também nos bairros Jardim América, Vila Ouro Preto, Ribeirão das Neves e Esmeraldas, além de outras cidades de Minas. 

Cinara Rocha, delegada responsável pelas investigações, detalhou o apoio que o suspeito recebia. "Para o exercício do controle do aglomerado, Tim Tim, temido pela comunidade local em razão de diversos homicídios por ele praticados, conta com o total apoio de sua companheira, conhecida como Teca, e de seu cunhado, conhecido como Claudê, DVD, ou Gordão. A mulher dele ficava responsável pela gestão financeira, e o cunhado pela área estratégica", explicou.

Os três, que diziam trabalhar como motoboy, motorista de caminhão, manicure, vendedor de cadarços e vendedor de carros, esbanjava um alto padrão de vida, ainda conforme a PC. Nas redes sociais dos presos, os policiais encontraram fotos deles em viagens frequentes e festas sofisticadas. Na casa de luxo onde viviam, os policiais apreenderam celulares, tablets, relógios, óculos de marca e dinheiro. 

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