Famílias de Ouro Preto e Itabirito vão deixar casas após ampliação de área de risco de barragens

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
30/06/2020 às 19:45.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:54
 (Reprodução)

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Moradores de zonas rurais de Itabirito e Ouro Preto, na região Central de Minas Gerais, começaram a ser cadastrados nesta terça-feira (30) e serão obrigados a deixar suas casas após ampliação de área de risco de cinco barragens da Vale que estão em nível de alerta, sendo que duas delas correm risco iminente de rompimento.

As estruturas Forquilha I e III estão em nível três de emergência, ou seja, risco iminente de rompimento. A Forquilha II e a Grupo estão em nível dois, o que significa problemas na estrutura, com necessidade de retirada imediata da população. Em nível 1 está a Forquilha IV, que aponta anormalidades na barragem, mas sem risco iminente.

Segundo a Defesa Civil, a medida é necessária porque a mineradora ampliou a chamada área de autossalvamento, que abrange o caminho da lama de rejeitos, caso alguma destas estruturas venha entrar em colapso. O aumento é resultado do Termo de Compromisso firmado entre o governo do estado, o Ministério Público e a mineradora.

Ainda de acordo com o órgão, os moradores serão levados para hotéis custeados pela Vale e, posteriormente, transferidos para moradias temporárias. "Serão assistidas por atendimento psicossocial, alimentação e transporte para necessidades básicas e emergenciais, como trabalho, escola e consulta médica. Seus animais também serão resgatados e acolhidos na fazenda administrada pela Vale na região, onde ficam sob cuidados de 50 médicos veterinários, biólogos e auxiliares".

A operação também cumprirá os protocolos de saúde e segurança recomendados diante do quadro de pandemia da Covid-19. 

Outras 11 famílias já haviam sido realocadas em 2019, em razão da elevação de nível de alerta das barragens Forquilha I e III. 

A Defesa Civil informou também que não houve alteração nos dados técnicos das estruturas e que as últimas inspeções não detectaram anomalias. "As barragens do Complexo de Fábrica são monitoradas continuamente por meio de piezômetros automatizados, radares terrestres e estações robóticas totais capazes de detectar movimentações milimétricas, além de serem observadas por câmeras de vigilância 24 horas por dia pelo Centro de Monitoramento Técnico (CGM) da Vale". 

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