JUIZ DE FORA – Quatro casos de febre maculosa, dois deles com óbito, são investigados pela Secretaria de Saúde de Juiz de Fora, na Zona da Mata. Um homem e um menino morreram, possivelmente, como vítimas da doença.  Eles eram tio e sobrinho e moravam nos bairros Araújo e Benfica, região Norte da cidade. Nesta segunda-feira (3), técnicos da vigilância epidemiológica estiveram nos bairros para combater focos de carrapato, que é o transmissor da doença.   O veneno contra o inseto foi borrifado na casa do garoto Mateus Novais. Ele tinha 2 anos e morreu na última sexta-feira. Os pais ainda estão em estado de choque. Ele apresentou os sintomas pouco depois do tio.    Neste caso, aconteceu o que os técnicos da Secretaria de Saúde chamam de vínculo epidemiológico. Mateus foi levado para o Hospital de Pronto-Socorro, onde ficou internado por três dias. Um laudo definitivo sobre a causa da morte deve ser divulgado nesta terça-feira (4).   “Eles falam que não é febre maculosa. Mas não tem como não ser. A gente fica com medo”, declarou a tia Tatiane Wenkell Cordeiro, que era casada com Márcio Eduardo Batista Júnior, de 42 anos.  Amante de pescaria, ele coletou minhocas na beira do rio Paraibuna, há cerca de 15 dias, onde há muitas capivaras e, em consequência, carrapatos transmissores da doença.    Tatiane lembrou que quando ele voltou para casa, comentou ter sido picado por carrapatos. Márcio começou a passar mal no Dia dos Pais. Na manhã seguinte, foi levado para o hospital, onde ficou dois dias internado, mas não resistiu aos sintomas da doença. “Meu marido sobreviveu a uma cirurgia no coração e não escapou de uma picada de carrapato. As autoridades têm de fazer alguma coisa”, afirmou.   Nesta segunda-feira, o aposentado Sebastião Duque caminhava lentamente pelas ruas de Benfica três dias depois de sair do hospital. Ele acredita ter se livrado de febre maculosa. O resultado do exame ainda não saiu, mas ele acha os sintomas incontestáveis.

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