(Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Eles fazem parte da celebração do ano que chega. Estrelas do Réveillon, os fogos de artifício não podem faltar nas festas da virada. Porém, tanto quem vai manusear os explosivos quanto quem vai assistir à queima precisa redobrar os cuidados para evitar um acidente que pode deixar sequelas.
Em 2017, o Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII, em Belo Horizonte, atendeu 75 pessoas com ferimentos provocados por fogos. Queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus e lesões nas mãos foram as principais ocorrências, de acordo com o diretor da unidade, Silvio Grandinetti. “Alguns pacientes perderam os dedos e até o membro inteiro”, frisou.
Grandinetti observa que a maioria das ocorrências acontecem porque quem manuseou o artefato estava embriagado ou fez o uso dos fogos de forma errada, uma vez que o usuário não tem treinamento para soltar fogos.
Inclusive, ao soltar fogos, não ingerir bebidas alcoólica é uma das recomendações feitas por Mauro Freitas, de 72 anos, que vende esse tipo de artefato há mais de três décadas. Além disso, ele afirma ser essencial escolher o local onde os produtos serão adquiridos. Saber a procedência deles também é importante, já que muitos acidentes envolvem mercadorias caseiras ou clandestinas.
O local onde os explosivos serão soltos deve ser escolhido a dedo. Para eliminar o risco de tragédia, o ideal é dispará-los em áreas abertas e sem qualquer tipo de obstáculo. “Devem ser evitados vias públicas, com vasta rede elétrica, árvores e edifícios, e as proximidades de hospitais e postos de combustíveis. Manter uma distância de segurança do público é fundamental”, orienta Mauro.
Tenente do Corpo de Bombeiros, Pedro Aihara reforça que os fogos de artifício não devem ser utilizados como instrumentos de brincadeira. “O material deve estar muito bem direcionado para que não atinja ninguém nem cause outros prejuízos”, afirma.
Animais de estimação
Apesar de abrilhantar e brindar o novo ano, os fogos podem ser prejudiciais aos animais domésticos. Além do barulho, a luminosidade chega a causar pânico nos bichinhos. Para evitar que eles fujam na intenção de se esconderem, a recomendação é deixá-los em ambientes protegidos do som.
Caso a alternativa não seja possível, pequenos pedaços de algodão podem ser colocados nos ouvidos dos bichos. O tenente Pedro Aihara diz que a ação não machuca o animal e ameniza o barulho para ele. “O veterinário, porém, sempre deve ser consultado para que a melhor medida seja escolhida para cada um”, frisa.