Festa do Momo de Belo Horizonte pode ser tombada

Aline Louise - Hoje em Dia
07/06/2015 às 08:58.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:22
 (Frederico Haikal / Arquivo Hoje em Dia)

(Frederico Haikal / Arquivo Hoje em Dia)

As escolas, grupos e blocos que fazem o Carnaval de BH serão alvo de um inventário, que pode resultar na conquista do título de Patrimônio Imaterial da cidade. Os estudos serão conduzidos pela Fundação Municipal de Cultura (FMC) e foram motivados por um pedido feito pela Escola de Samba Cidade Jardim, com o intuito de conseguir o tombamento da quadra da agremiação, a mais antiga e única ativa na capital.    De acordo com o diretor de Patrimônio Cultural da FMC, Carlos Henrique Bicalho, inclusive os novos blocos que têm dado fôlego ao Carnaval de Belo Horizonte podem ser alvo do levantamento. Entretanto, ainda não há garantias de que eles também receberão o título de patrimônio imaterial.    “Vamos iniciar uma pesquisa, para ver as origens do samba de BH”, acrescenta o presidente da Fundação, Leônidas José de Oliveira. Para ele, a abertura por si só do inventário já é um reconhecimento da importância da manifestação cultural. “Caso o registro seja concedido pelo Conselho do Patrimônio, as escolas passam a ter maior facilidade, por exemplo, de acessar financiamentos públicos”, destaca.    Histórico   A Escola de Samba Cidade Jardim, dezoito vezes campeã do Carnaval da capital, foi fundada em 1961, por Jairo Pereira da Costa. O sambista era dissidente da Escola União Serrana, do Conjunto Santa Maria. Seu objetivo com a nova agremiação era revolucionar a Festa do Momo, abrindo uma agremiação no mesmo formato das cariocas.    Este ano, homenageando o jornalista e apresentador Tutti Maravilha, a escola conquistou o segundo lugar. Em 2016, o Clube da Esquina será tema do samba enredo. A quadra da Cidade Jardim fica na rua Gentios, 1.415, no bairro Luxemburgo e durante todo o ano mantem atividades culturais.    “Infelizmente, só nós temos uma quadra. Quando fizemos o pedido de tombamento, percebemos que também era a oportunidade de ampliar para outras manifestações tradicionais do samba e do Carnaval da capital”, diz o diretor da agremiação, Alexandre Brandão.

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