Festa na Praça Duque de Caxias, só seguindo regras

Patrícia Santos Dumont - Hoje em Dia
06/06/2014 às 06:56.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:53
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

A partir de agora, quem quiser realizar eventos na Praça Duque de Caixas, no bairro Santa Tereza, região Leste de Belo Horizonte, terá que seguir à risca uma série de normas estabelecidas pela prefeitura. Uma portaria publicada nessa quinta (5) no Diário Oficial do Município (DOM) regulamenta o uso do espaço para festas públicas e estabelece, por exemplo, um limite de 2.500 pessoas por evento.

Entre as regras estão a priorização de eventos municipais, estaduais, federais e da Copa do Mundo de 2014, seguidos, em terceiro lugar, pelas festas particulares, além da proibição de estacionar carros no piso da praça e nos passeios e da comercialização de bebidas e comidas no local, cujos jardins ficarão cercados por grades durante os eventos.

A medida foi comemorada pelo presidente da Associação Comunitária do Bairro Santa Tereza, Ibiraci José do Carmo. “Santa Tereza é lugar de festa, é o berço cultural da cidade, mas o que tem acontecido é a danificação do patrimônio. A portaria é importante não para limitar, mas para restringir o uso do espaço, que fica em um bairro antigo, onde vivem predominantemente idosos. Achei maravilhoso”, disse.

O professor da Escola de Arquitetura da UFMG, Flávio Carsalade, reconhece a importância do disciplinamento do espaço público, mas ressaltou que é preciso haver equilíbrio nas decisões. “É preciso considerar que o espaço publico é público. A praça é do povo e ele deve ter oportunidades de fazer suas manifestações, seus eventos”, afirmou.

Mais diálogo

Morador do bairro e ativista em diversos movimentos da capital, Rafael Barros criticou a falta de diálogo com a comunidade. “Não vejo a ação como negativa, pois parte de dados e situações concretas da apropriação indevida do espaço. Mas alguns pontos, como a lista de prioridades e a proibição da venda de comidas e bebidas deveriam ter sido melhor discutidas”, argumentou. Até o fechamento desta edição, a prefeitura não havia comentado o assunto.
 

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