Festival Cura anuncia artistas que vão pintar painéis em três edifícios do Centro de BH

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
01/11/2018 às 11:17.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:33
 (NuFestival/Instagrafite/Divulgação)

(NuFestival/Instagrafite/Divulgação)

O festival Cura - Circuito de Arte anunciou os nomes dos artistas que participam da terceira edição, a ser realizada entre os dias 5 e 18 de novembro. Três edifícios do Centro de Belo Horizonte vão ganhar painéis gigantes e coloridos realizados por dois artistas de Belo Horizonte (Criola e Comum) e uma da Argentina (Hyuro). O coletivo Empena de Letras também participa.

Nesta edição, o Cura vai pintar as empenas do Amazonas Palace Hotel (avenida Amazonas), do Edifício Chiquito Lopes (rua São Paulo) e as duas torres do Edifício Satélite (rua da Bahia).

Conheça os artistas:

Hyuro (Argentina) - Amazonas Palace Hotel

A argentina Hyuro radicada na Espanha é considerada hoje o principal nome feminino do novo muralismo contemporâneo. Com passagem nos principais festivais de arte urbana do mundo e em grandes feiras de arte contemporânea, a artista realiza uma pesquisa investigativa da rua como um espaço de reflexão e libertação dos próprios medos. Entre muitas das questões abordadas por Hyuro na sua obra, destaca-se a figura da mulher, não só do seu gênero no contexto da sociedade patriarcal, mas também como um sujeito preso aos preceitos e cargas impostas pelo sistema capitalista.

Criola – Edifício Chiquito Lopes

Criola é a identidade assumida por Tainá Lima para apresentar o seu trabalho artístico, enquanto mulher e representante negra no mundo do graffiti. Mineira, nascida em Belo Horizonte, faz parte da nova geração de artistas urbanos brasileiros e conduz sua produção diante das assimilações cotidianas e dos embates constantes sobre as mais diversas questões, pautadas principalmente pelo seu universo feminino e orientadas através da busca pela conexão consciente com a sua ancestralidade. A paleta de cores vibrante presente na maioria de seus graffitis, remete a sua pesquisa de matrizes africanas. Graduada em Design de Moda pela Universidade Federal de Minas Gerais, a artista já realizou diversos trabalhos para marcas importantes e pintou murais em várias cidades do Brasil e em Paris.

Comum – Edifício Satélite

Comum é artista plástico natural de Belo Horizonte (MG), formado em Artes Gráficas pela Escola de Belas Artes da UFMG e atuante desde 2004 na cena de Arte de Rua. Em seu trabalho se utiliza de técnicas caras à arte urbana, como o stencil e a pintura com rolinho e latéx, para tratar de temas da cidade. Mais recentemente fez alguns trabalhos em diálogo com a arte indígena. Participou de exposições e eventos como Residência Quartoamado (Itatiaia - MG, 2018), Arte para uma Cidade Sensível (Museu Mineiro, 2017), Projeto Parede (SESC, 2015), Cidade Gráfica (Itaú Cultural, 2014), Eu Como Você (Museu de Arte do Rio, 2014), Escavar o Futuro (Palácio das Artes, 2013), Virada Cultural de Belo Horizonte (2013, 2014) e Bienal Internacional de Graffiti (2010). Em 2015/16 foi curador do Telas Urbanas, projeto da Prefeitura que pintou uma série de grandes painéis na região da Pampulha.

A empena de Letras – Edifício Satélite

O coletivo vai trabalhar com 20 artistas de Belo Horizonte, visando uma diversidade de letras, contemplando vários estilos de caligrafia como o wildstyle, o piece, o throw up, o grapixo e o pixo. Na empena de Letras, cada artista vai pintar uma faixa no tamanho de 7 metros de largura X 2,30 metros de altura. A opção por pintar um nome por faixa permite a apreciaçã da obra de cada artista e, ao mesmo tempo, os encaixes dessas letras vão remeter a Sopa de Letras, uma grande referência para o cenário de tipografias da cidade. Participam Kid, Okay, Tina, Dninja, Nica, Musa, Pime, Tita, Hisne, Bess, Figo, Carimbo, Error, Goma, Surto, Sinikos, Mts, Kesa, Naice e Fhero.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por