Fiscal de Itutinga que roubou mais de R$ 13 mil de Bolsa Família de beneficiados é condenado

Hoje em Dia (*)
23/04/2014 às 19:08.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:16

Um fiscal de Itutinga, no Campos das Vertentes, foi condenado por roubar mais de R$ 13 mil de Bolsa Família de beneficiados do programa na cidade. Paulo Renato Nassur, que era o responsável pelas atividades de operacionalização do Bolsa Família junto à Prefeitura de Itutinga, terá que devolver os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio durante a prática da fraude, bem como a ressarcir integralmente o dano causado aos cofres públicos com juros e correção monetária.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o fiscal ainda teve decretada a perda da função pública e terá de pagar multa no valor do acréscimo patrimonial obtido ilicitamente.

Segundo as investigações, Nassur aproveitava do seu cargo de fiscal e da boa fé e humildade das famílias que participavam do programa, no período de julho de 2005 a janeiro de 2008. Com essas intenções, ele fez uso dos cartões magnéticos e respectivas senhas dos beneficiários para efetuar saques dos valores mensais que eram disponibilizados nas contas. A oportunidade aparecia sempre que as famílias, por algum motivo, tinham o pagamento do benefício bloqueado e procuravam o condenado para que ele ajudasse a resolver o problema.

Também foi descoberto que Nassur exigia a entrega dos cartões e das senhas alegando que os mesmos seriam necessários para as providências necessárias ao desbloqueio. Porém, ele passava a se apropriar dos valores mensais e, quando era novamente procurado pelo beneficiário, afirmava que a situação ainda não estava resolvida.

Algumas vítimas do fiscal chegaram a contar para os investigadores que ele dizia que os cartões estariam vencidos, os jogava na lixeira e, depois, os pegava de volta e efetuava os saques indevidos.

Durante depoimento, Nassur confessou que “verificando a facilidade com que recebia cartões eletrônicos, senhas pessoais de pessoas com pouca instrução e poucos recursos, no ímpeto de ambição e de fraqueza, entendeu que seria muito fácil enrolar aqueles beneficiários e obter para si os benefícios dos mesmos”. (*Com MPF)

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