Flexibilização da quarentena na capital vai depender da postura dos moradores, diz PBH

Renata Galdino
rgaldino@hojeemdia.com.br
05/05/2020 às 08:28.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:25
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

A flexibilização da quarentena em Belo Horizonte daqui a 20 dias vai depender do comportamento da própria população. A falta de adesão ao uso de máscaras, o aumento de pacientes com Covid-19 e a taxa de ocupação dos leitos de enfermaria e de terapia intensiva na cidade serão levados em conta. 

A redução do isolamento social foi anunciada ontem pelo prefeito Alexandre Kalil e será acompanhada pelo comitê de enfrentamento à doença da capital. Havendo explosão de notificações da enfermidade, por exemplo, a medida não será colocada em prática.

Apesar de o Estado ter mudado mais uma vez o pico da epidemia no território, desta vez para 6 de junho, a capital não vai seguir o plano Minas Consciente, que orienta sobre a reabertura das atividades econômicas nos municípios.

Na metrópole, o termômetro para a flexibilização será o cenário epidemiológico da própria capital. “Acreditamos que Belo Horizonte é o epicentro do problema. Possivelmente, se estivermos bem aqui, Minas deverá estar bem pelo menos nas proximidades. A data do pico é muito empírica, pode chegar antes ou depois. O melhor é analisar o dia a dia”, destaca o infectologista Estevão Urbano, integrante do comitê de enfrentamento de BH.

Ferramentas criadas pela prefeitura para monitorar a epidemia na cidade, os “velocímetros” terão papel fundamental no afrouxamento. Por eles será possível acompanhar a ocupação dos leitos e a taxa de transmissibilidade do vírus. 

“Se todos os componentes apresentarem o sinal verde, que é uma condição segura e como está hoje, poderemos começar a flexibilizar em 25 de maio”, completou Estevão.

Testes rápidos

Nos próximos dias, antecipou o médico, a prefeitura vai começar a testar, por amostragem, a população. Por semana, cerca de 7 mil pessoas devem ser submetidas a testes rápidos. Terá representatividade de todos os bairros, idades e sexos.

Segundo Estevão Urbano, esse inquérito sorológico vai mostrar se o nível de contaminação por Covid-19 está estável. “Mas se fizermos um velocímetro hoje e o que for feito daqui a sete dias mostrar um aumento considerável, também será um indicador de não flexibilização”. Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde não comentou a testagem rápida.

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