Já são quatro dias de luta ininterruptos no Parque Nacional da Serra da Canastra, localizado entre os municípios de São Roque de Minas, Delfinópolis e Sacramento, no Sudoeste do Estado. Até o momento não há uma medição oficial da área atingida, mas o fogo que consome o parque desde o último dia 6 já pode ter atingido dezenas de milhares de hectares.

Nesta terça-feira (11), os combatentes seguem tentando debelar os diversos focos de incêndio que assolam a mata nativa, composta, essencialmente, por vegetação rasteira, árvores baixas, campos de altitude e mata de cerrado.
Vinte e seis bombeiros e 40 voluntários, entre brigadistas e funcionários, combatem o fogo. É esperado o reforço de 25 homens da Prevfogo, de Brasília, e outros 14 brigadistas do Parque do Caparaó.

De acordo com o gerente do parque, Darlan de Pádua, existe a chance real de alguns focos terem sido provocados. “No domingo foi constatado, à distância, por um vigilante do parque, o movimento e os faróis de duas motos. Em seguida, surgiram quatro focos de incêndio que evoluíram para uma linha de fogo única, se deslocando para dentro do parque”, contou Pádua ao Portal HD.

No momento, são utilizados três aviões do tipo airtractor, abafadores e bombas costais no combate às chamas, uma vez que viaturas terrestres não conseguem chegar aos locais dos focos. A parte superior do parque está fechada e a  inferior, onde se localiza a Cascad'anta está aberta.

De acordo com o gerente do parque, o período de seca, a baixa umidade típica da estação, as temperaturas acima de média para essa época do ano e a irresponsabilidade de alguns fazendo uso de fogo sem a devida Autorização de Queima Controlada, além da ação de vândalos e incendiários são os principais causadores dos incêndios florestais que ocorrem na Canastra.

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