Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas prende 33 pessoas em oito estados

Hoje em Dia
26/11/2015 às 19:43.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:06

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (FICCO-MG) desarticulou nesta quarta-feira (26) uma organização criminosa especializada em roubo de cargas e receptação, que atuava em rodovias de oito estados brasileiros e no Distrito Federal e deu prejuízos superiores a R$ 30 milhões.

Os mais de 300 policiais civis, militares, federais e rodoviários federais que participam da operação nos estados já haviam prendido até às 17 horas desta quarta 33 pessoas.

Catira

A rota de atuação de quadrilha eram as rodovias federais, principalmente as BR’s 040 e 050. As cargas mais visadas eram combustíveis, cervejas, medicamentos e carnes. A escolha por estes produtos acontecia, segundo as investigações, pela facilidade da receptação. Por esta razão, a operação foi batizada de Catira, em referência às palavras troca e escambo, na linguagem popular.

As ações da Catira começaram por volta das 6h desta quarta, com o cumprimento de 51 mandados de prisão e 50 mandados de busca e apreensão de forma simultânea nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pará, Espírito Santo, Goiás, Bahia, Tocantins e Distrito Federal. Os mandados foram expedidos com base em dois Inquéritos Policiais que tramitam na Justiça Estadual, na comarca de Uberlândia.

Carros de luxo

Além das 33 prisões, foram apreendidos carros de luxo, embarcações, armas, dinheiro em espécie e veículos em fase de desmanche. Os presos foram encaminhados para Uberlândia, no Triângulo Mineiro, onde ficarão à disposição da Justiça.

Eles responderão pelos crimes de organização criminosa, roubo, cárcere privado, lavagem de dinheiro e receptação, cujas penas somadas superam 30 anos de prisão. Todos foram ouvidos na delegacia da Polícia Federal de Uberlândia e, posteriormente, encaminhados para o Presídio Professor Jacy de Assis.

A FICCO é coordenada pela Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS) e é composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Nesta operação, a Força Integrada contou, ainda, com o apoio da Secretaria de Estado da Fazenda e da Agência Nacional do Petróleo.

Entenda

Os integrantes da quadrilha, chamados também de “homens-aranha” por membros da facção criminosa, subiam nas carrocerias dos caminhões e provocavam pane nos veículos em circulação nas estradas brasileiras.

Quando o motorista parava na rodovia para verificar o que estava acontecendo, ele era rendido, sequestrado e tinha a carga roubada. Os condutores só eram liberados do cativeiro depois que os criminosos faziam o transbordo da carga e davam uma destinação para os caminhões.

A organização criminosa vinha sendo investigada há aproximadamente sete meses e durante este período foram identificadas diversas ocorrências de roubos de cargas atribuídas ao grupo criminoso.

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