A Secretaria de Estado de Educação vai montar uma força-tarefa para destravar os 26 mil processos de aposentadoria que estão parados. “Queremos acabar com o passivo de quem está afastado e já cumpriu todos os requisitos de idade e tempo de casa, mas não consegue se aposentar”, disse a secretária da pasta, Macaé Evaristo, nesta segunda (4), na Cidade Administrativa. A secretária vai se encontrar com a Comissão de Negociação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) na próxima sexta em mais uma rodada de negociações salariais. Na semana seguinte, no dia 14, uma assembleia de professores será realizada para discutir a proposta do governo. Neste dia, haverá paralisação da categoria. “As negociações evoluíram, mas as propostas ainda deixam a desejar, principalmente com relação ao pagamento do piso nacional”, afirma Beatriz Cerqueira, presidente do Sind-UTE. O piso foi uma promessa de campanha de Fernando Pimentel (PT). Beatriz afirma que o pagamento deveria ser imediato e não escalonado. Além disso, ela afirma que a proposta do governo não contempla o setor administrativo. O governo garante o pagamento do piso de R$ 1.917,78 para 24 horas semanais, aumento de 31,78%, porém, apenas em 2017, inclusive para os aposentados. Até lá, o salário será aumentado anualmente, mediante abonos que serão incorporados à remuneração no ano seguinte. Se a proposta for aceita, o primeiro reajuste será de 13,06%, o equivalente a R$ 190, a ser pago ainda neste ano. Em 2016, haveria nova incorporação de 8,21% (R$ 135) e em 2017 de 7,72% (R$ 137,48). Segundo a secretária, no texto que será enviado à Assembleia haverá uma cláusula que garanta a atualização do valor de acordo com o piso. O Sind-UTE reivindica, ainda, que o professor com licenciatura plena receba 15% a mais do que o de nível médio. A secretária afirma, no entanto, que a diferença de 2,5 pontos percentuais entre os graus dos cargos da educação será achatada em um primeiro momento, mas haverá restabelecimento ao final da incorporação do último reajuste.