Foragido do Rio de Janeiro é acusado de estupros em série de crianças de comunidade rural mineira

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
03/12/2021 às 15:31.
Atualizado em 08/12/2021 às 01:12
 ( Elza Fiuza/Agência Brasil)

( Elza Fiuza/Agência Brasil)

Um homem foragido do Rio de Janeiro é acusado de cometer estupros em série de crianças de uma comunidade rural de Arinos, região Noroeste de Minas. Segundo denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os crimes ocorrem há 23 anos, desde 1998, data em que o homem chegou à região.

De acordo com o MPMG, até o momento, as investigações identificaram nove vítimas, entre meninos e meninas, mas há a possibilidade de outras serem identificadas. Os estupros teriam ocorrido até o início deste ano e um deles já estaria prescrito.

O MPMG apurou que o denunciado utilizou uma identidade falsa para morar na cidade e que, ao chegar na zona rural, fez amizade com os moradores da região e passou a frequentar a casa de vários deles. Com o acesso livre, ele teve contato com as crianças. 

Para cometer os crimes, o suspeito atraía as crianças com balas e dinheiro para locais desertos e afastados e as ameaçava de morte. Além das ameaças, o denunciado mantinha fortes laços de amizade com os parentes dos menores para não ser descoberto, e como forma de desacreditar qualquer acusação.

De acordo com a Promotoria de Justiça de Arinos (PJA), muitas vítimas foram violentadas mais de uma vez e, em algumas ocasiões, foram acusadas por membros da comunidade de serem mentirosas e de terem sido as causadoras do estupro. O órgão alega que várias delas relataram sofrer de problemas psiquiátricos, como depressão, em razão da violência e das acusações. 

Na denúncia, a PJA pede à Justiça que condene o homem por estupro, para as vítimas quem possuíam entre 14 e 18 anos, e por estupro de vulnerável, para as vítimas menores de 14 anos.

Ele também foi denunciado por apresentação de identidade falsa, cuja pena é de detenção de três meses a um ano, ou multa. Na denúncia, o promotor de Justiça pediu ainda a prisão preventiva do homem, que está em numa unidade prisional de Unaí, no Noroeste de Minas. 

Se for condenado por todas as acusações, ele pode pegar penas que ultrapassam 70 anos de cadeia. O Ministério Público informou que o processo corre em segredo de Justiça.

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