Se a qualificação profissional é diferencial para quem busca espaço no concorrido mercado de trabalho, entre os concursados o diploma pode se traduzir em aumento da renda. A formação acadêmica é uma alternativa para que servidores públicos conquistem promoções. Em alguns casos, o aumento no salário é de mais de 50%. 

A progressão na carreira é prevista nos estatutos dos funcionalismos municipal, estadual e federal. O acréscimo no vencimento acompanha a folha de pagamento após a aposentadoria. 

Há quatro anos como técnico-administrativo de Tecnologia da Informação no Cefet-MG, Vinícius Reis, de 30, concluiu, recentemente, o mestrado em Tecnologia da Informação Aplicada à Biologia Computacional, nas Faculdades Promove.

“O último aumento que recebi foi em 2015. Adquirir conhecimento, além de me potencializar como profissional, é uma forma de diminuir essa defasagem”, afirma o jovem. Com o certificado, nos próximos meses, ele terá um reajuste de 52%.

Aumento

Presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos de BH (Sindbel), Israel Arimar incentiva a qualificação para que a pessoa alcance melhores salários na carreira pública. “Apesar de o trabalhador municipal arcar com os custos da formação, ele pode receber até 20% de aumento na folha de pagamento”, frisa.

Com a possibilidade de avançar até quatro níveis na carreira, a prefeitura da metrópole reconhece a escolaridade apenas se o curso tiver relação com a função exercida (a consulta deve ser feita no órgão ao qual se está empregado). 

Já em nível estadual, a promoção é possível a cada cinco anos. Uma nova solicitação também deve respeitar o prazo de 60 meses. O reajuste no salário pode chegar a 22% a cada progressão. 

O ganho não é apenas para o profissional, mas também para a sociedade, frisa o coordenador do curso de Direito do Promove, Emerson Castro. 
“Funcionários mais capacitados estão mais preparados para sugerir ideias que melhorem a prestação de serviço para a comunidade”, afirma.

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