Formação extra para ajudar na qualidade da aprendizagem

Raquel Ramos - Hoje em Dia
09/05/2013 às 07:11.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:31

Indisciplina, dificuldade de concentração, relacionamentos conturbados. Lidar com problemas como esses, que podem resultar em baixo desempenho escolar e até no abandono dos estudos, ultrapassa a função de professor. Nesses casos, a atuação de um profissional que concilie noções de pedagogia e psicologia é necessária para garantir a qualidade da aprendizagem.

O assunto vem à tona após o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, sancionar o projeto de lei que cria a função do psicopedagogo na rede pública. Os profissionais nomeados para atender cerca de 1.500 escolas municipais terão a responsabilidade de identificar e tratar problemas que prejudiquem o aluno.
“O psicopedagogo é capaz de diagnosticar fatores por trás de uma nota ruim e de tomar providências para corrigir isso”, diz Cristina Ribeiro de Oliveira, psicóloga e professora do Centro Universitário Una.


Novo rumo
 
Algumas dificuldades são solucionadas dentro da própria escola, apenas mudando estratégias de ensino. Outras exigem participação da família ou acompanhamento especializado.

Com o trabalho diário do psicopedagogo, a tendência é a de que o cenário educacional melhore e os alunos superem, aos poucos, as dificuldades de aprendizado.
 

Raridade
 
Apesar dos benefícios, o psicopedagogo ainda é raro nas instituições de ensino mineiras. Mas há muitos profissionais que, por conta própria, buscam conhecimentos que extrapolam as competências de um pedagogo.

É o caso de Mônica Malheiros. Ao assumir o cargo de supervisora do Colégio Padre Eustáquio, ela quis investir em uma formação mais específica.

“Às vezes, percebia que o aluno estava com dificuldade, mas não sabia lidar com aquilo. Hoje, vejo essas crianças de forma diferente. Elas não devem ser taxadas como burras ou malandras. Existem vários fatores que afetam o processo de ensino e aprendizagem”, explica.

Formada em psicologia e com especialização em psicopedagogia, Patrícia Marchetti foge à regra e trabalha como orientadora educacional no Colégio Marista Dom Silvério.

Embora defenda a presença do profissional em todos os níveis de ensino, ela acredita que a função tenha mais importância na educação infantil. “Muitos problemas começam na infância e se arrastam ao longo dos anos. Quanto mais rapidamente a dificuldade for superada, menor o prejuízo para a educação”.
 
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