(SINDEESS/Diculgação)
Funcionários do Hospital Felício Rocho, no Barro Preto, região Centro-Sul de Belo Horizonte, fizeram uma manifestação nesta quarta-feira (15) contra as novas determinações anunciadas pela instituição em uma cartilha e a possibilidade de redução salarial dos trabalhadores.
Mas, o que chamou a atenção no protesto foi um dos itens das normas do hospital, que obrigaria as funcionárias a usarem calcinhas apenas da cor bege. De acordo com funcionárias, entre elas enfermeiras, a administração do hospital as obrigou a assinar um termo que restringe a roupa íntima à cor bege e ainda as proíbem de usarem maquiagem e esmalte nas unhas. SINDEESS/Diculgação
As mulheres ocuparam a entrada do hospital com faixas e cartazes com as seguintes frases: “Eu uso a calcinha que eu quiser. Chega de regras. Sou mulher, minha roupa não define meu caráter”. Elas ainda penduraram calcinhas de diferentes cores na grade que fica na entrada do prédio.SINDEESS/Diculgação
Além da denúncia, as funcionárias, unidas a outros trabalhadores do hospital, fizeram o ato para denunciar o corte de adicional noturno, que é garantido por lei para quem trabalha entre 22h e 5h da manhã. De acordo com o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de BH e Região (Sindeess), o hospital vai parar de pagar o adicional noturno em fevereiro e o corte representará entre R$500 e R$600 a menos na folha de pagamento.
Em nota, o hospital informou que segue e respeita integralmente as leis trabalhistas e que não procede as denúncias sobre a obrigatoriedade de cor de peças íntimas de seus funcionários.
Leia a nota da íntegra
"A Fundação Felice Rosso, mantedora do Hospital Felício Rocho, informa que segue e respeita integralmente o previsto na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), Constituição Federal e na Convenção Coletivo de Trabalho (CCT) firmada entre Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de BH e Região (SINDEESS) e o Sindicato dos Hospitais de Minas Gerais (SINDHOMG).
Desta forma, a Fundação Felice Rosso segue, desde sua vigência, as normas elaboradas pelo próprio SINDESS, firmadas em convenção coletiva de trabalho com o SINDHOMG, e portanto aplicáveis ao âmbito do Felício Rocho.
Esclarece-se ainda que não procedem as denúncias quanto à obrigatoriedade de cor de peças íntimas dos funcionários, existindo apenas uma orientação interna, de caráter genérico e não obrigatório, sugerindo o uso preferencial de peças íntimas em tons lisos e claros".
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