Funcionários denunciam falta de equipamentos em hospital infantil

Sara Lira - Hoje em Dia
23/04/2015 às 06:15.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:44
 (Funcionários/Divulgação)

(Funcionários/Divulgação)

Funcionários do Hospital Infantil João Paulo II, antigo Centro Geral de Pediatria (CGP), denunciam a falta de equipamentos básicos para atendimento às crianças, além da estrutura precária de trabalho.

Alguns aparelhos estariam quebrados e outros simplesmente não existem na unidade hospitalar. “Uso o meu aparelho de aferir pressão porque o hospital não fornece”, garantiu uma das servidoras, que preferiu não se identificar com medo de represálias.

O glicosímetro, aparelho usado para medir a taxa de açúcar no sangue, também estaria escasso no hospital. “Cada andar possui apenas um equipamento e há uma disputa para usá-lo. Às vezes, precisamos medir na hora a glicose da criança, mas não há aparelhos suficientes”, conta outra funcionária, que também pediu anonimato.

O complexo de urgência e emergência, que funciona na Alameda Ezequiel Dias, no bairro Santa Efigênia, estaria sofrendo ainda com a falta de saturímetros, usados para medir a quantidade de oxigênio no sangue, bem como com bombas de infusão desreguladas. Este equipamento controla a volume de soro ou alimento que entra no organismo. “Não há como saber se a criança está recebendo a quantidade exata de soro porque a bomba não está calibrada”, relata outra servidora.

LEITOS – Ferrugem estaria tomando conta de parte dos berços da unidade

OUTROS PROBLEMAS

Os funcionários denunciam também que muitos berços estariam enferrujados e, alguns, já nem reclinam mais, o que seria necessário para atendimento a crianças com problemas respiratórios. Mofo na área da copa e até tubos de oxigênio remendados com esparadrapos são outros problemas apontados pelos servidores.

Por meio de nota, a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) nega as denúncias e informa que não faltam equipamentos no Hospital João Paulo II. Sobre os saturímetros, esclareceu que existem hoje 19 equipamentos e outros cinco em manutenção, suficientes para o atendimento à demanda. Em relação aos 100 berços existentes na unidade, garantiu que não possuem ferrugem e que estão em bom estado de conservação.

A Fhemig também esclareceu que “a atual administração já providenciou um Plano Diretor de Obras para sanar todos os problemas estruturais deixados pela gestão anterior no prédio”.

Nesta quarta-feira (22), 108 crianças estavam internadas no Hospital Infantil João Paulo II. Diariamente, a unidade recebe entre 150 e 200 pacientes para atendimento
 

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