'Furões da quarentena' promovem festival de desrespeito em avenida de Belo Horizonte

Renata Evangelista
rsouza@hojeemdia.com.br
29/06/2020 às 09:32.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:53
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Pista de caminhada cheia com jovens, adultos e até idosos andando, correndo e utilizando bicicleta para manter a forma física. A cena registrada nesta segunda-feira (29) na avenida dos Andradas, região Leste de Belo Horizonte, seria comum caso a capital não estivesse "fechada" para enfrentar a pandemia do novo coronavírus. 

Nem mesmo o avanço da Covid-19, a lotação dos leitos de UTI, o recuo da flexibilização e o clamor dos médicos para que todos fiquem em casa foram suficientes para conter a prática de atividades ao ar livre. Nesta manhã, diversas pessoas resolveram ignorar as recomendações para se exercitar. 

A irresponsabilidade por parte da população acontece no mesmo dia do retorno à estaca zero no comércio e um mês após o  Hoje em Dia mostrar flagrantes no mesmo local.

Na via da região Leste, alguns dos “furões da quarentena” sequer utilizam a máscara. A atitude, reprovada por autoridades da saúde, pode favorecer o contágio pela Covid-19. Lucas Prates/Hoje em Dia

Pessoas pularam a grade de proteção para andar de bicicleta em local proíbido 

Barreiras

Grades de proteção instaladas em avenidas da capital para barrar a prática de atividades ao ar livre, durante a pandemia, não são obstáculos a quem insiste em desrespeitar o isolamento social. Na manhã de hoje, novos flagrantes. Na pista de caminhada entre os bairros Horto e Santa Efigênia, as barreiras são retiradas para dar passagem a algumas pessoas.

O infectologista Sidnei Rodrigues é categórico ao afirmar que, neste momento, a melhor recomendação é que as pessoas permaneçam confinadas e se exercitem em casa. 

“Façam agachamento, exercício de aquecimento, alongamento e diversos outros para manter a forma e relaxar a cabeça. Mas não é aconselhável sair às ruas pelo risco de contrair e transmitir o coronavírus aos familiares, principalmente aqueles que são do grupo de risco”. 

O especialista ainda classifica como irresponsável quem insiste em não respeitar as regras sanitárias. “É imprudência e a pessoa coloca não apenas ela em perigo, mas também outros do convívio dela”, observou.

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