Furto de cabos gera prejuízo de mais de R$ 300 mil aos cofres da PBH

Cinthya Oliveira
31/01/2019 às 16:54.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:20
 (Riva Moreira – 18/06/2018)

(Riva Moreira – 18/06/2018)

Foram registrados 527 ocorrências de furto de cabos em Belo Horizonte durante todo o ano de 2018, de acordo com a BHTrans. Somente por causa desse tipo de crime, a administração municipal teve de gastar R$ 302.721 para repor o material – R$ 186.717 a mais do que no ano anterior.

Segundo a BHTrans, durante todo o ano passado foram furtados 75 mil metros de cabo, um aumento de 158% na quantidade de material levada pelos ladrões – em 2017, havia sido 24 mil metros.

As avenidas onde estão os semáforos mais visados pelos ladrões são Bernardo Vasconcelos e Américo Vespúcio. Mas ainda há um grande número de ocorrências nas avenidas Antônio Carlos, Cristiano Machado e Silviano Brandão.

De acordo com a Polícia Militar, a última prisão de um suspeito por roubo de cabos aconteceu na madrugada desta quinta-feira (31). O homem foi flagrado furtando cabos na avenida Barbacena, próximo ao edifício da Cemig. 

Exemplo

Somente o semáforo da mão inglesa da avenida Silviano Brandão (próximo ao encontro com Cristiano Machado) foi alvo do furto em, pelo menos, sete ocasiões em 2018. Em apenas 40 dias (entre 25 de outubro e 3 de dezembro), os cabos deste semáforo foram furtados quatro vezes. E na primeira semana de 2019, o problema voltou a se repetir.

Em relação ao roubo de cabos semafóricos, a BHTrans informa “que procura tomar todas as medidas necessárias o mais rapidamente possível para restabelecer a sinalização. Além de buscar o restabelecimento do funcionamento dos equipamentos, a BHTrans instala, no local, sinalização operacional e agentes operam presencialmente os cruzamentos com maior volume de trânsito”. Como forma de prevenção contra atos de vandalismo, a empresa ainda tem buscado substituir materiais com menor atratividade como, por exemplo, o plástico nos focos dos semáforos para pedestres.

Policiamento

De acordo com a Polícia Militar, percebe-se que o crime está diretamente ligado ao metal cobre, uma vez que, após furtarem os cabos, os autores queimam a fiação para vender o metal nos ferros velhos clandestinos. A corporação realiza ações e operações de prevenção e repressão ao crime, com vistas garantir a incolumidade física das pessoas e do patrimônio. 

"Distribuído em locais estratégicos, o policiamento diário contempla os locais de maior incidência de furto a cabos de energia, oriundos de análise criminal. Em caso de acionamento para verificação de furto de cabo/fios de energia, constatando-se ação em flagrante, o procedimento padrão é a condução do autor, do produto do crime e a consequente apresentação à autoridade para providências de polícia judiciária", afirma a PM por meio de nota.

Mas a corporação reconhece que apenas levar os ladrões de cabos para a delegacia não é suficiente para conter o crime. No dia 23 de janeiro de 2019, a Polícia Militar efetuou, pela 18ª vez, a prisão de um indivíduo furtando cabos de energia na região central de Belo Horizonte. "O conduzido, morador em situação de rua, alegou em suas prisões que a motivação para os furtos dos fios era para compra de comida. Ele foi preso em 08/12/2018, por furto de fios e estava desde então, preso no Ceresp Gameleira, mas foi solto no dia 22/01/19, às 23h13min, sendo preso novamente às 00h40min! Ou seja, em pouco mais de uma hora após ser solto, foi novamente preso por policiais militares devido à prática do crime de furto de cabos de energia", diz a nota.



 

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