Garis de BH ameaçam greve e pedem vacinação imediata da categoria contra a Covid-19

Marina Proton
mproton@hojeemdia.com.br
30/03/2021 às 13:10.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:33
 (Divulgação/Sindeac)

(Divulgação/Sindeac)

Os trabalhadores da limpeza urbana de Belo Horizonte informaram, nesta terça-feira (30), que entrarão em greve a partir das 17h de hoje caso não haja uma definição concreta sobre a inclusão da categoria na lista de prioridades da vacinação contra a Covid-19. Seria a segunda paralisação dos garis em menos de uma semana.  

O presidente do sindicato que representa os Empregados de Asseio, Conservação e Limpeza Urbana de BH (Sindeac), Paulo Roberto da Silva, alega que várias tentativas foram feitas junto às autoridades para que a inclusão do grupo seja feita, mas, até o momento, não houve nenhuma definição efetiva sobre a vacinação.

Por nota, a PBH informou que está em negociação com o Sindeac, e já está preparando o cadastro para definir as doses necessárias para vacinar os garis.

No domingo (28), a Prefeitura de BH informou que iniciará o cadastro dos profissionais, assim como o de fiscais e forças de segurança, mas ainda não disse quando isso será feito.

“Os trabalhadores da limpeza urbana estão adoecendo e não podemos ficar de braços cruzados. Eles estão na linha de frente desde o início da pandemia, expostos permanentemente aos riscos de contaminação. Aguardamos que as autoridades (municipal, estadual e federal) se pronunciem no decorrer do dia, caso contrário a greve será deflagrada”, afirmou Paulo Roberto. O sindicato não informou por quanto tempo os garis ficariam parados em caso de greve.

Desde a última sexta-feira (26), equipes do Sindeac estão percorrendo as garagens e as ruas da capital mineira para mobilizar e organizar os garis. Faixas foram afixadas em vários pontos da capital. Com o slogan “vida de gari importa” e “vidas que preservam vidas”, a campanha tem como objetivo conscientizar e pedir o apoio e a compreensão da população.

Sindicato dos motoristas adere à paralisação

O Sindicato dos Motoristas Empregados em Empresas de Cargas, Logísticas em Transporte e Diferenciados de Belo Horizonte e região (SIMECLODIF) também informou que a categoria irá aderir à paralisação caso não haja uma definição.  

“Iremos à greve em função do risco a que estão expostos os motoristas de coleta de resíduos e lixo de Belo Horizonte. É uma situação que temos denunciado desde o início da pandemia. Esses profissionais não receberam nenhuma atenção, nem das empresas e nem dos setores públicos”, disse o presidente do sindicato, Natanael Dias de Moura.

Segundo o representante da categoria, os motoristas, em conjunto com os garis, têm desempenhado suas funções normalmente, contribuindo para a manutenção da limpeza urbana. “Sem a presença desses profissionais o caos sanitário será imenso, agravando ainda mais a pandemia. Não é o que queremos, mas é a alternativa que nos aponta neste momento”, finalizou.

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