A coleta de lixo está totalmente interrompida em Belo Horizonte. Os resultados são entulhos e mau cheiro espalhados pela ruas e avenidas da cidade. A região mais crítica é a Centro-Sul, onde o recolhimento foi parado por garis desde a noite desta segunda-feira (5). A paralisação foi decidida em assembleia dos garis da capital, que pedem melhorias salariais.
Segundo o presidente do sindicato do garis e varredores (Sindeac), Paulo Roberto da Silva, o serviço de varredores funciona em escala reduzida, mas a categoria também pede a interrupção total dos trabalhos. “Sabemos que causa transtorno para a população, mas é a maneira encontrada para avançar na negociação”, disse Paulo.
Na manhã desta terça-feira, os próprios garis impediram os caminhões e colegas de fazerem o serviço em todas as regiões de BH. O recolhimento de lixo hospitalar também foi afetado.
Resposta
Segundo a assessoria de imprensa da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), cerca de 60% da coleta de lixo de BH foi afetada pela greve dos garis. Cerca de 1.080 toneladas de lixo domiciliar deixaram de ser recolhidas nas regiões Centro-Sul e Leste da Capital. A SLU informou que a varrição das ruas continua normal, mas o recolhimento dos rejeitos hospitalares também foi prejudicado.
Equipes de gerência do serviço fazem uma reunião para definir como amenizar a situação, mas não há previsão de normalização dos trabalhos. O transbordo dos dejetos para o Aterro de Macaúba, em Sabará, na Grande BH, também foi afetado devido à manifestação realizada na BR-040, nesta manhã de terça-feira.
Duas empresas que prestam serviços para a PBH, a KTM e a Ecopave, tiveram o serviço interrompido, mas a prefeitura reforçou que o pagamento dela para essas companhias está em dia.
Manifestação
No começo da tarde os garis vão se reunir com o sindicato patronal, no Ministério do Trabalho, na rua Tamoios, para uma reunião que definirá o rumo do movimento. Na manhã desta terça, eles fazeram uma manifestação por várias ruas da cidade. Um grupo saiu da Praça da Estação rumo à Praça 7.
Segundo Paulo Silva, os garis reivindicam piso salarial de R$ 1.500 para os coletores e reajuste de 56% para os demais empregados, ticket alimentação de R$ 22, plano de saúde estendido para toda a família, além de outros penduricalhos.
Atualizada às 12h20