(Divulgação/SLU)
Os garis, profissionais responsáveis pela limpeza urbana de Belo Horizonte,irão receber capacitação para socorrerem vítimas de paradas cardiorrespiratória. O curso acontece nessa sexta-feira (3). Ao todo, 40 trabalhadores receberão as instruções de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP).
Eles foram escolhidos pelo contato contínuo com a população e pela importância do trabalho desempenhado na cidade. Serão demonstradas atitudes simples, mas que, se realizadas corretamente, em poucos minutos poderão salvar vidas. Uma das premissas do curso defende que se alguém, mesmo que não seja profissional da saúde, souber iniciar imediatamente a execução de RCP, a chance de sobrevivência da vítima poderá triplicar. Para se ter uma ideia, cada minuto de atraso no atendimento à vítima de parada cardiorrespiratória reduz a possibilidade de sobrevivência em 10%.
Os instrutores do curso serão alunos de Enfermagem e Medicina da Liga de Simulação da UFMG, coordenados por Monalisa Gresta, professora convidada da Faculdade de Medicina e do Laboratório de Simulação. Segundo Monalisa, a Sociedade Mineira de Pediatria desempenha papel relevante nesse processo, por criar condições para que um maior número de leigos receba as instruções de primeiros-socorros. "O momento é oportuno, pois a American Heart Association escolheu a primeira semana de junho, para enfatizar a importância desse treinamento em RCP em toda a América Latina", destaca a especialista.
Técnica em Enfermagem do Trabalho na SLU, Valdesita Gomes de Souza alerta para um número preocupante: hoje cerca de 90% das vítimas de parada cardíaca morrem antes de chegar ao hospital. "Diante disso, o atendimento precoce e correto é fundamental para livrar uma pessoa da morte, por meio do reconhecimento e da execução satisfatória da manobra", enfatiza a técnica.
O gari da SLU Gileadi Manassés Pereira, que trabalha na Gerência Regional de Limpeza Urbana Pampulha, provou a importância de se conhecer técnicas de atendimento a uma vítima de engasgo, quando salvou de uma parada respiratória, em novembro de 2014, em Venda Nova, um bebê de um mês de idade. A atitude heroica do coletor de resíduos foi bem-sucedida graças a seus conhecimentos e habilidades, adquiridos em um curso de bombeiro civil, da Academia de Bombeiros Civis de Minas Gerais.
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