Geólogos começam a mapear áreas de risco em Valadares

Daniel Antunes - Do Hoje em Dia
31/07/2012 às 11:22.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:59
 (Leonardo Moraes/ Arquivo Hoje em Dia)

(Leonardo Moraes/ Arquivo Hoje em Dia)

GOVERNADOR VALADARES – Especialistas do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e representantes da Defesa Civil de Governador Valadares, no Leste de Minas, começam hoje a percorrer as áreas de risco da cidade. Será feito um mapeamento para identificar o número de pessoas em locais sujeitos a alagamentos ou deslizamentos de encostas. O objetivo é evitar as tragédias durante o período chuvoso (outubro a março).

Em janeiro deste ano, duas pessoas morreram soterradas no distrito de Baguari, na zona rural de Governador Valadares. Um barranco cedeu e atingiu um dos cômodos do imóvel onde as vítimas dormiam.

Antes de chegar a Governador Valadares, a equipe do CPRM percorreu, na semana passada, os municípios de Mantena e Periquito, também no Leste do Estado. Ontem, os geólogos concluíram as pesquisas na vizinha cidade de Frei Inocêncio, a 50 quilômetros Valadares, que tem cerca de 9 mil habitantes.

Em Frei Inocêncio, que é banhado pelo rio Suaçuí, o levantamento indicou que 800 pessoas vivem em locais com incidência de alagamentos e 120 estão morando em pontos onde há risco de desabamentos de barrancos. “Esses números são o resultados de ocupações desordenadas”, afirmou a geóloga do CPRM, Sandra Silva.

O relatório com as análises será entregue às prefeituras dos municípios mapeados, para que sejam planejadas ações de prevenção. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) também receberá o documento. “Queremos saber quem são as pessoas que estão em áreas de risco nos municípios prioritários, ou seja, onde há históricos de ocorrências relacionadas às chuvas”, disse Sandra Silva.

Em Valadares, levantamento feito pela prefeitura, em 2009, apontou que 2.600 pessoas moravam em áreas de risco, sendo 1,6 mil em locais de alto risco. Em janeiro deste ano, a enchente do rio Doce foi considerada a terceira pior da história. A água chegou a subir 4,15 metros em uma das réguas de mediação do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae).

As piores cheias tinham ocorrido em 1979, quando o rio chegou a 5,18 metros, e em 1997 (4,77 metros). Cerca de 50 mil pessoas foram afetadas pela cheia, em 2012, segundo diagnóstico da Defesa Civil.

Na semana que vem, mais dois geólogos chegarão ao Leste de Minas para fazer o levantamento em Sabinópolis, Lajinha, Caratinga, Manhuaçu e Manhumirim. Neste ano, grande número de municípios decretou situação de emergência.

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