Comoção, tristeza, solidariedade. Assim ficou marcada a movimentação, nessa sexta-feira , na porta do Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII, em Belo Horizonte. Lá, estão internados oito feridos, sendo seis crianças, da tragédia ocorrida na creche Gente Inocente, em Janaúba, Norte de Minas. 

Pela manhã, chegaram ao hospital duas funcionárias da instituição. De acordo com o Corpo de Bombeiros, uma delas teve 60% do corpo queimado e lesões nas vias aéreas. As crianças hospitalizadas têm entre 2 e 5 anos. Entre elas, está Artur Souza Oliveira, de 2 anos. Familiares da criança que moram na capital estiveram na porta da unidade de saúde. Emocionada, uma tia do garoto esperava ansiosa por informações. “Ele não está com o corpo queimado, mas começou a expelir uma secreção escura pelo nariz. Depois disso, já ficamos sabendo que ele viria pra BH”, contou Beatriz Silva, de 21.Pedro GontijoMotorista da Prefeitura de Janaúba, Luciano veio a BH para outros compromissos e passou no HPS

Orações

A solidariedade veio de todas as partes. Na porta do João XXIII, cartazes, flores e muitas orações. Ao som da música “Noites traiçoeiras”[/TEXTO], que ficou famosa na voz do padre Marcelo Rossi, a diarista Juelisa Cardoso, de 42 anos, rezou e pediu à Deus pelas vítimas. “Que mundo é esse? Só nos resta rezar”, disse ela, que tinha ido até a região para fazer um exame.

Quem também esteve no local foi o motorista da Prefeitura de Janaúba, Luciano do Espírito Santo, de 40. Ele presenciou a cena de horror de perto e ajudou no socorro. Com os olhos marejados, ele falou sobre o crime. “Uma das funcionárias feridas saiu de dentro da creche em chamas e gritando. Foi terrível. Ajudei a retirar algumas vítimas de dentro da creche. A cidade inteira está triste”.

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