Gin e whisky da Backer estão na mira do Ministério da Agricultura

Renata Evangelista
rsouza@hojeemdia.com.br
18/01/2020 às 16:00.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:20
 (Backer/Reprodução/Montagem)

(Backer/Reprodução/Montagem)

Após a contaminação de cervejas por substâncias tóxicas, outros produtos da Backer entraram na mira do Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento (Mapa). A pasta, responsável por fiscalização de produtos da área de vinhos e bebidas, vai analisar gin e whisky produzidos pela empresa mineira.

Na sexta-feira (17), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a Backer de vender cervejas com validade a partir de agosto de 2020. A empresa também está impedida de produzir todos os rótulos de cerveja e chopp. Na segunda-feira, o Mapa já havia mandado recolher os 21 rótulos – fabricados entre outubro e janeiro – e suspender as vendas.

Com relação à inspeção nos destilados, a Backer informou que não foi oficialmente comunicada sobre a questão. Declarou, contudo, que o gin e o whisky não utilizam água do processo cervejeiro. Foi na água que técnicos do Mapa encontraram as substâncias químicas dietilenoglicol e monoetilenoglicol.

"O acréscimo da água no gin é realizado fora da fábrica, por um fornecedor. Quanto ao whisky, hoje à disposição no mercado, o envase foi realizado em julho de 2018, com entrada no barril em julho de 2013", explicou a empresa, em nota.Backer/Reprodução/MontagemDestilados na cervejaria mineira serão analisados

'Cerveja tóxica'

De acordo com o Governo de Minas, quem ingeriu qualquer cerveja da Backer e passou mal em um prazo de até 72 horas deve procurar uma unidade de saúde. “Às vezes, as pessoas apresentaram algum dano renal leve, mas desconhecem isso e precisam ser acompanhadas”, disse a infectologista da Unidade de Resposta Rápida do Estado, Virgínia Andrade.

Casos

Já são 19 notificações – 17 homens e duas mulheres. Quatro tiveram o dietilenoglicol detectado no sangue por exames – um morreu. Outros três óbitos seguem sob suspeita e 14 pessoas permanecem internadas com risco de morte. Não estão descartadas sequelas permanentes. 

Em nota, a Backer informou que “segue colaborando com as autoridades e vai respeitar a determinação da Anvisa”.

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