(Divulgação/Agência Minas )
O Governo de Minas anunciou que até a manhã desta quarta feira (8) recolheu 205 respiradores mecânicos em desuso em unidades de saúde do estado. A busca pelos equipamentos é feita pela Polícia Militar (PM), e deteve início após a determinação do governador Romeu Zema (Novo), na semana passada.
De acordo com o governo, a PM já visitou 290 estabelecimentos, e a expectativa da corporação é de que o número de centros-médicos vistoriados chegue a 989.
Os números foram revelados em coletiva de imprensa realizada nesta quarta, na capital, que contou com o chefe do Estado-Maior da corporação, coronel Marcelo Fernandes, com o secretário adjunto de Saúde (SES-MG), Marcelo Cabral Tavares, com o subsecretário de Serviços Compartilhados da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), com Rodrigo Matias, e com o diretor regional do Sesi/Senai, Christiano Leal.
Todos representam os órgão envolvidos na força-tarefa criada para recolher, recuperar e colocar à disposição esses materiais.
A busca pelos respiradores nos municípios mineiros começou no dia 3 de abril. Após recolher os equipamentos, a Polícia Militar está trazendo os equipamentos para Belo Horizonte, onde será feita a manutenção. Após o conserto, eles serão devolvidos às unidades de Saúde de origem.
Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) há, em Minas Gerais, um total de 5.964 respiradores. Desses, estima-se que pelo menos 373 estejam fora de uso.
Christiano Leal comentou sobre o papel do Sesi/Senai nesse processo. “Hoje nós já recebemos cerca de 18 respiradores e concluímos a reestruturação de três. Outros estão sendo calibrados e consertados”, comentou o diretor regional da instituição.
Objetivo
Marcelo Cabral Tavares secretário adjunto da SES-MG, destacou que o intuito da ação é reestruturar a rede de Saúde para o enfrentamento à pandemia.
“Queremos trabalhar sempre nos antecipando ao evento, avaliando toda a estrutura da rede e fazendo o necessário para que ela esteja pronta para atender à demanda”, afirmou.
A Seplag foi responsável por fazer a articulação entre o Estado e o grupo de profissionais da indústria que se voluntariaram para prestar apoio na estratégia de reparo dos respiradores.
“Em Minas Gerais, além do Senai, contamos também com a parceria da Fiat e da ArcelorMittal. Atualmente, são 18 engenheiros da Fiat, devidamente treinados pela própria empresa, e mais 12 profissionais da ArcelorMittal e do Senai, trabalhando para a manutenção desses equipamentos”, afirmou o subsecretário de Serviços Compartilhados da pasta, Rodrigo Matias.
As empresas estão fazendo o processo de manutenção sem custo, e as unidades de Saúde que entregaram o aparelho para reparação não terão que pagar nada por isso, como frisou Matias.
Ele também fez questão de frisar que levando em consideração a evolução dos quadros clínicos, estima-se que cada equipamento possa ser utilizado por até dez pacientes.
“A expectativa é de que, ainda hoje, já tenhamos 220 equipamentos. Se reparados na sua totalidade, podem contribuir para salvar, no mínimo, 2,2 mil vidas”.