Governo vai criar grupo para buscar soluções para saúde em Roraima

Agência Brasil
12/03/2019 às 17:51.
Atualizado em 05/09/2021 às 17:45
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

(Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O governo federal vai criar um grupo para buscar soluções para o intenso fluxo de venezuelanos que cruzam a fronteira para receber atendimento de saúde em Roraima, informou nesta terça-feira (12) o ministro da Saúde, Henrique Mandetta. Segundo o ministro, o  sistema de saúde do estado “não tem musculatura” para atender a todos.

“Conversei com o governador [Antonio Denarium], com o secretário estadual de Saúde [Ailton Rodrigues Wanderley] e estou determinando um grupo para ver que medidas podem ser tomadas para atenuar a situação”.

Calamidade pública

No final do mês passado, o governador de Roraima, Antonio Denarium, decretou estado de calamidade pública na área de saúde. A decisão foi motivada pelo agravamento dos conflitos na fronteira com a Venezuela, o que elevou o número de atendimentos no Hospital Geral de Roraima (HGR), principal unidade da rede e a única a realizar procedimentos de alta complexidade.

“Roraima passa a ser rota de fuga, uma das poucas que existem”, disse o ministro. “Nosso sistema de saúde, que é pequeno, não tem musculatura para enfrentar a vinda de pessoas nesta quantidade e está sofrendo muito.”

Na segunda-feira (11), organizações não governamentais (ONG) que atuam na Venezuela informaram sobre o agravamento do estado de saúde dos pacientes, em meio ao blecaute ocorrido no país. De acordo com comunicado divulgado no Twitter pela ONG Médicos pela Saúde, 17 pacientes morreram em nove hospitais.

A Coalizão de Organizações pelo Direito à Saúde e à Vida (Codevida) informou, pelo Twitter, que a poluição da água, a falta de higiene e de alimentos se tornaram problemas de saúde pública em Carabobo, afetando sobretudo crianças, mulheres e idosos.

Segundo a Codevida, os pacientes psiquiátricos também sofrem com as dificuldades. Pelos dados da organização, os atendimentos em psiquiatria caíram de 23 mil para 3.500.

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